
O texto conta a saga de um casal “confortavelmente infeliz” após muitos anos de vida em comum e que, numa reviravolta surpreendente, consegue se libertar dos jogos emocionais viciados e cruéis, resgatando o amor e a paixão. A peça, que estreou no Rio em 1951, foi um grande sucesso dentro e fora do Brasil. Na França, onde as atrizes, Juliette Greco e Marina Vlady interpretaram a personagem principal, Silvia, a obra ficou conhecida como a "peça dos divórcios", pois todas elas acabaram se divorciando ainda no período dos ensaios.
O embate verbal e emocional do casal mantém a plateia absolutamente envolvida do início ao fim do espetáculo. Meio século depois de sua premiére, os atores Cristina Prochaska e Anselmo Vasconcellos, amigos há mais de 25 anos e atuando juntos pela primeira vez, dividem a cena sob a direção de Maria Pia Scognamiglio para provar que o clássico continua atual e impactante como sempre.
Mais representado do que Nelson Rodrigues
Muita gente não sabe, mas o médico foniatra Pedro Bloch é o dramaturgo brasileiro mais representado no exterior, mais que Nelson Rodrigues ou Dias Gomes. Nascido na Ucrânia, em 1914, veio para o Brasil com a família em 1922, formou-se em medicina e foi pioneiro da fonoaudiologia no país. Em 1950 estreou sua peça mais conhecida. O monólogo As mãos de Eurídice foi o maior sucesso da carreira do ator Rodolfo Mayer e tornou-se um fenômeno global. Na mesma época, o lendário protagonizou Morre um Gato na China e Esta Noite Choveu Prata, esta última, também um monólogo, onde Procópio compunha três tipos diferentes e podia demonstrar sua versatilidade, chegou a fazer mais de mil apresentações numa única temporada.
Segundo o crítico “as comédias e os dramas de costumes de Pedro Bloch captam com certo dom de observação personagens e cacoetes do cotidiano carioca”. Já na década de 60, dirigiu Os Pais Abstratos e Carlos Alberto montou O Pecado Imortal, sobre a qual Michalski escreveu: "(...) a comédia - bastante pouco cômica, diga-se de passagem - é de uma respeitável eficiência e comprova um domínio extremamente seguro dos instrumentos de trabalho que Pedro Bloch alcançou agora como dramaturgo-artesão. Não hesito mesmo em afirmar que poucos autores brasileiros seriam capazes de criar uma peça tão bem feita, construída com tanta firmeza, apoiada em tantos efeitos eficientes e valorizada por um diálogo tão espontâneo e vivo.
Certa vez declarou: "só existe um gênero de teatro: o que se comunica intensamente com a plateia, o que extravasa o palco. [...] Quem não alcança esse tipo de diálogo deveria adotar outro gênero menos implacável, pois o teatro é a exposição da alma nua aos olhos e critérios de mil juízes.”
FICHA TÉCNICA
Texto – Pedro Bloch
Direção – Maria Pia Scognamiglio
Elenco – Cristina Prochaska e Anselmo Vasconcellos
Cenário – Fernando Mello da Costa
Direção Musical – Claudio Valente
Direção de Luz – Guiga
Produção Nacional – Usina de Expressão Produções Artísticas
SERVIÇO
“Os Inimigos não Mandam Flores”
Dias: 7 e 8 de novembro
Horário: sábado às 21h e domingo às 18h
Gênero: Drama
Local: Theatro D. Pedro.
Classificação: 14 anos
Ingressos: R$ 40,00 (inteira) / R$ 20,00 (meia)
Produção Local: Petrópolis em Cena
Segundo o crítico “as comédias e os dramas de costumes de Pedro Bloch captam com certo dom de observação personagens e cacoetes do cotidiano carioca”. Já na década de 60, dirigiu Os Pais Abstratos e Carlos Alberto montou O Pecado Imortal, sobre a qual Michalski escreveu: "(...) a comédia - bastante pouco cômica, diga-se de passagem - é de uma respeitável eficiência e comprova um domínio extremamente seguro dos instrumentos de trabalho que Pedro Bloch alcançou agora como dramaturgo-artesão. Não hesito mesmo em afirmar que poucos autores brasileiros seriam capazes de criar uma peça tão bem feita, construída com tanta firmeza, apoiada em tantos efeitos eficientes e valorizada por um diálogo tão espontâneo e vivo.
Certa vez declarou: "só existe um gênero de teatro: o que se comunica intensamente com a plateia, o que extravasa o palco. [...] Quem não alcança esse tipo de diálogo deveria adotar outro gênero menos implacável, pois o teatro é a exposição da alma nua aos olhos e critérios de mil juízes.”
FICHA TÉCNICA
Texto – Pedro Bloch
Direção – Maria Pia Scognamiglio
Elenco – Cristina Prochaska e Anselmo Vasconcellos
Cenário – Fernando Mello da Costa
Direção Musical – Claudio Valente
Direção de Luz – Guiga
Produção Nacional – Usina de Expressão Produções Artísticas
SERVIÇO
“Os Inimigos não Mandam Flores”
Dias: 7 e 8 de novembro
Horário: sábado às 21h e domingo às 18h
Gênero: Drama
Local: Theatro D. Pedro.
Classificação: 14 anos
Ingressos: R$ 40,00 (inteira) / R$ 20,00 (meia)
Produção Local: Petrópolis em Cena
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