Dia 28/09 (sexta), às 18h, na Nobel - Itaipava (Estr. União e Indústria, 10.395 – loja 2/Shopping Tarrafas).

R$ 19,00 / 80 páginas / Formato: 14 x 21 cm


O fundamental resgate de nossas raízes indígenas na formação dos cidadãos

A autora brinda os professores com mitos indígenas e dicas metodológicas para trazer a
sabedoria indígena para a sala de aula
  
A tradição está de volta às salas de professores, conselhos de classe e planos de aula: o selo editorial Ao Livro Técnico retorna às suas origens, trazendo novamente publicações de caráter educacional. E para marcar este retorno de lições de ouro e de décadas de parceria com os docentes, Ao Livro Técnico lança seis novos livros didáticos, dentre os quais Com gosto de terra natal: um novo olhar sobre mitos indígenas brasileiros, da educadora e terapeuta cultural Maria Inez do Espírito Santo.
Vikings, aborígenes, samurais, incas, persas, peles-vermelhas. Todo povo tem sua história, mitos e heróis. Narrativas, personagens e lendas que remontam ao passado e nos ajudam a refletir sobre nossa existência, nossas potencialidades e a construção de nossa sociedade. Neste sentido, que papel podem ocupar os mitos indígenas de tribos diversas, primeiros habitantes desta terra brasilis, em nossa educação?
Preguiçosos, traiçoeiros, não civilizados, guerreiros implacáveis e canibais — eis alguns dos pré-conceitos deturpados que anos a fio permanecem no imaginário brasileiro. Do mesmo modo, o homem branco, caucasiano, europeu é colocado no posto de herói por “descobrir” e “colonizar” o Brasil. “Vestir” impositivamente o índio com a cultura europeia — aliás, eurocêntrica — é civilizado; a condição indígena é ser selvagem por natureza.
A fim de desmistificar estes erros infelizes e equivocados — e estimulada pela Lei nº 11.645, de 10 de março de 2008, que prevê a obrigatoriedade do estudo da história e da cultura indígena nos ensinos fundamental e médio, públicos e privados — Maria Inez do Espírito Santo escreveu Com gosto de terra natal. Com rica bibliografia e sugestões para leituras e pesquisas, o título lança mão de narrativas da mitologia indígena de nossa Pindorama (nome pelo qual o Brasil era chamado em tupi) há muito esquecidas para auxiliar os professores a tirar a Lei do papel e transformá-la em prática nas salas de aula.
Assim, além de apresentar e esmiuçar os mitos do Tahiná-kan (que conta a versão dos índios karajás sobre o início da agricultura), do Jabuti e a Anta (lenda tupi fabular sobre a perspicácia versus a força física), e do Jogo dos Olhos (história da nação taulipang que versa sobre questões como responsabilidade, inveja e gratidão), o livro traz uma série de sugestões de exercícios e atividades correlatas a cada tema.
Mais do que oferecer “um novo olhar sobre mitos indígenas brasileiros”, Com gosto de terra natal nos alerta sobre a importância de resgatar nossas raízes para colhermos melhores frutos na educação e formação de cidadãos.

TRECHO
O mito “Tahiná-kan” é um ótimo exemplo dessa interligação entre campos do conhecimento, sempre presente nas culturas indígenas. Apresentando-nos a ponte entre a agricultura e o movimento dos astros, abre também um espaço para pesquisas e novos conhecimentos sobre cartografia celeste, sobre calendários agrícolas, assim como a correlação entre os ciclos lunares, das marés e da menstruação das mulheres.
Que campo fértil para buscar e para criar poesia! Para propor que se encontrem músicas que tratem desses temas aqui levantados e de outros que você irá descobrir com seus alunos.
Ajude-os a explorar as rimas, a descobrir os diferentes ritmos na fala, no canto, na escrita... Estimule-os a encontrar prazer no exercício de desenhar as palavras, sentindo pelo tato, no trajeto do lápis ou do pincel, suas formas, as semelhanças de suas imagens no papel, na lousa, com diferentes tipografias e cores.
Assim, estarão semeando palavras. Use os sons para dispersá-las no ar e deixá-las encontrar seu repouso em seus corações, experimentando os muitos sentidos (simbólicos) que passam a ter em suas vidas.
Vocês colherão e saborearão bons frutos, com certeza!

A AUTORA
Maria Inez do Espírito Santo é educadora e terapeuta cultural, com formação em pedagogia, psicologia, psicanálise e pós-graduação em metodologia do ensino superior. Entre 1973 e 1989, fundou e dirigiu a Escola Viva — instituição de ensino pioneira no trabalho hoje denominado “de inclusão” — em Petrópolis, no Rio de Janeiro.
É autora dos livros Enquanto papai não volta, edição esgotada, com reedição em breve pela Escrita Fina Edições, e de Vasos sagrados: mitos indígenas brasileiros e o encontro com o feminino, pela Editora Rocco.
Vivendo atualmente em Itaipava, em Petrópolis, ela coordena grupos de leitura e reflexão, além de promover oficinas, palestras e cursos para educadores e agentes de leitura em todo o Brasil. Mais sobre a autora em www.mariainezdoespiritosanto.com.



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