O Quarteto da Guanabara continua sua trajetória, após uma interrupção de alguns anos devido ao afastamento do pianista Luis Medalha e à morte de dois de seus membros, a violinista fundadora do grupo Mariuccia Iacovino e o violista Frederick Stephany. Estes dois últimos compuseram a primeira formação do grupo juntamente com o pianista Arnaldo Estrella e Iberê Gomes Grosso. Márcio Malard, último remanescente do grupo, que havia sucedido Iberê Gomes Grosso após sua precoce morte, decidiu dar continuidade ao trabalho do Quarteto da Guanabara, um grupo de tradição e excelência no panorama musical brasileiro.

Nesta nova formação, o Quarteto assume o caráter de quarteto de cordas, com Daniel Guedes, Gabriela Queiroz, Daniel Albuquerque e Márcio Malard. A missão do grupo é a de continuar a tradição do Quarteto da Guanabara de divulgar a música de compositores brasileiros além de trazer para o público brasileiro as obras dos grandes compositores consagrados. Além disso, o Quarteto pretende tocar obras de compositores contemporâneos vivos, como sempre aconteceu na sua trajetória, tendo executado obras de Cláudio Santoro e  Radamés Gnattalli, entre outros, em primeiras audições.

O Quarteto da Guanabara, em sua retomada, tem se apresentado em salas de concerto no Rio de Janeiro, no interior do estado e também pelo Brasil, com destaque para o concerto em homenagem aos antigos membros, ocorrido na Sala Cecília Meireles em outubro de 2009, que recebeu crítica do jornal O Globo e posteriormente foi eleito como um dos dez melhores concertos do ano pelo mesmo jornal.



INTEGRANTES DO QUARTETO DA GUANABARA
Daniel Guedes – violino. Carioca, nascido em 1977, Daniel iniciou seus estudos de violino aos sete anos com seu pai e logo ingressou no Conservatório Brasileiro de Música. Em 1991 ganhou bolsa de estudos da Capes para estudar em Londres, tendo sido aluno de Detlef Hahn na Guildhall School of Music durante um ano. Posteriormente cursou bacharelado e mestrado na Manhattan School of Music de Nova York, na classe de Pinchas Zukerman e Patinka Kopec no Pinchas Zukerman Performance Program, com bolsas da Vitae e da Capes. Estudou música de câmera com Sylvia Rosenberg, Isidore Cohen e Arnold Steinhardt. Foi vencedor dos concursos Jovens Concertistas Brasileiros(1991), Bergen Philharmonic Competition(1998) e Waldo Mayo Memorial Award(2000), prêmio este que lhe valeu um concerto no Carnegie Hall de Nova York tocando o Concerto n°1 de Max Bruch.

Desde os 10 anos Daniel Guedes vem atuando como recitalista, camerista e solista das principais orquestras brasileiras e também nos EUA, Canadá, Inglaterra, Noruega, Itália e América do Sul. Vem também atuando como violista e regente de diversas orquestras de câmara. É professor da Escola de Música da UFRJ, além de participar de importantes festivais como o Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão, e o FEMUSC, em Santa Catarina. O crítico de música Carlos Augusto Dantas, do jornal Tribuna da Imprensa o considerou como “o Nelson Freire do violino”. O Jornal do Brasil o considerou como  “um dos principais violinistas de sua geração”.

Gabriela Queiroz - violino. Nascida em Cataguazes-MG em 1985, iniciou seus estudos de violino aos quatro anos em João Pessoa-PB onde foi aluna de Ademar Rocha e Yerko Pinto. Em 2007 concluiu o Bacharelado no Conservatório Brasileiro de Música, na classe de Daniel Guedes. Entre 2007 e 2008 fez aperfeiçoamento com o professor Marcello Guerchfeld em Porto Alegre-RS. Participou de vários festivais de música no Brasil e no exterior onde teve aulas com Sydney Harth (EUA), Jean Lenert (França), Charles Stegeman (EUA), Ori Kam (Israel) entre outros. Estudou também com Patinka Kopec, professora da Manhattan School of Music, em Nova Iorque, com Detlef Hahn em Londres e com Shmuel Ashkenasi.

Venceu importantes concursos no Brasil como o Concurso Jovens Instrumentistas de Piracicaba em 2001, o Concurso Jovens Solistas da OSBA em 2003 e 2006 e o Concurso Furnas Geração Musical também em 2006. Já atuou como solista de orquestras como a Orquestra Sinfônica Brasileira, Sinfônica da Bahia, Sinfônica do Rio Grande do Norte, Sinfônicas da Paraíba e de Piracicaba, além de várias orquestras de câmera. Em agosto de 2008 participou do Festival Internacional de Música de Câmera de São Paulo “Oferenda Musical”, dirigido por Alex Klein onde atuou junto a renomados músicos como Shmuel Ashkenasi, Antonio Del Claro, Alex Klein e Daniel Guedes, entre outros. É professora da Escola de Música da UFRJ.

Daniel Albuquerque - viola. Nasceu em 1985 no Rio de Janeiro e iniciou seus estudos de violino aos 8 anos de idade. Dois anos depois ingressou no curso técnico da Escola de Música da UFRJ, onde fez sua estréia pública em recital e como solista da Orquestra Sinfónica da Escola de Música (ORSEM). Participou de diversos festivais de música, onde teve a oportunidade de ter classes com renomados professores como Marcello Guershfeld, Shmuel Ashkenasi, Miriam Fried, Ori Kam, León Spierer entre outros. Em 2002 foi bolsista do curso de música de câmara da Kinhaven Music School, em Weston, Vermont (EUA). Representou o Brasil em turnê pela América Latina com a Youth Orchestra of the Americas em 2008, e com a Orquestra Bachiana Brasileira em concertos no Vietnâ e em Cingapura em 2009. Também em 2009 obteve o segundo prêmio no Concurso Jovens Intérpretes Francisco Mignone, ganhando também o prêmio de melhor intérprete de Francisco Mignone. É formado pela Escola de Música da  UFRJ, tendo estudado na classe do professor Daniel Guedes. Participa como convidado de diversas orquestras no Rio de Janeiro como violinista e violista, e é membro do Arcos Trio.

Márcio Malard – violoncelo. Talvez seja o violoncelista que mais tempo atuou como líder na Orquestra Sinfônica Brasileira. 38 anos; tempo suficiente para conviver com grandes regentes e artistas legendários. Charles Dutoit, Eduardo Matta, Kurt Sanderling, Kurt Masur, Antonio Janigro, Pierre Fournier, Leorbard Rose, Janos Starker, Paul Tortelier, Rostropovich, C. Arrau, Arnaldo Estrella, Mariuccia Iacovino, Iberê Gomes Grosso; este último seu grande mestre que – além das inesquecíveis lições musicais – foi quem lhe indicou para substituí-lo no Quarteto da Guanabara, na ocasião do lamentável acidente que culminou com a morte do grande músico.

Desde então são 25 anos de Quarteto da Guanabara.Márcio Malard desenvolve também intensa carreira como camerista e solista de diversas orquestras brasileiras, além de diversas atuações junto a grandes nomes da música brasileira, como Maria Bethânia e Wagner Tiso, entre muitos outros. Tocou com Tom Jobim na banda nova e com ele viajando para Los Angeles, Portugal, Espanha. Como professor lecionou nos festivais de Curitiba, Ouro Preto, Brasília, Teresópolis, entre outros. Malard atuou também como violoncelista convidado da Orquestra Filarmônica Mundial na sua turnê no Japão sob a regência do Maestro Sinoppoli. Foi fundador do Rio Cello Ensemble e fundador da Orquestra de Câmera do Brasil com o Maestro e compositor José Siqueira.

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