“...Dá
licença meus senhores
Pra eu entrar neste salão
Vou
cantando minha história
Pra
cumprir minha missão...”
...
Pois eis que vem chegando em alegre cantoria,
a
trupe dos trapos coloridos da fantasia,
contagiando
a todos com sua enorme euforia.
Vem
chegando para mais uma história contar
mas,
quando já estão para começar
é baixada uma lei que ecoa no ar:
“_ Fica decretado, por ordem do grande senhor dono da
terra a proibição de qualquer manifestação artística neste local.”
Pois e agora, o que fazer?
O que será desta trupe de artistas, se histórias não
podem mais contar?
O desânimo é total.
...
Mas meio assim em um repente, lhes surge possível solução:
_
Contar a última história, em respeito ao público presente, em sua consideração.
Mas
logo lhes vem outra questão:
_
Qual a história a ser contada, a última a ser representada?
Percebendo
a “falta de graça” de toda aquela situação, resolvem buscar a alegria e alguém
logo acrescenta:
“_
A minha avó me disse que a alegria fica do outro lado do arco-íris, lá onde o arco toca a terra.”
Pois
que a última história merece pomposa apresentação:
_
Senhoras e senhores, crianças todas presentes, a trupe dos trapos coloridos da fantasia tem orgulhosamente o
prazer de lhes apresentar... As Aventuras
e Desventuras dos Três Giras em Busca da Alegria... ou simplesmente, “A Última
História”.
E
lá se vão.
A
última história narra as aventuras vividas pelos palhaços-atores da trupe em
busca da alegria. Seus encontros, questionamentos e relacionamentos com seres
fantásticos, uma sereia caliente, um pescador poeta, minhocas loucas, um cego
cantador e muitos outros que ora ajudam, ora atrapalham nossos personagens em
sua busca.
O
espetáculo utiliza algumas técnicas que enriquecem o seu desenvolvimento e o
auxiliam na melhor forma de transmissão e percepção da mensagem a qual o mesmo
se propõe. Dentre elas, podemos destacar a técnica circense incorporada a
figura dos palhaços, a representação dos atores, a manipulação de bonecos, a
utilização da perna-de-pau e a música, que tocada ao vivo, norteia todo o
espetáculo e enriquece a narrativa.
A
mensagem final, faz uma reflexão sobre o verdadeiro sentido de encontro com a
alegria.
“Só
se vê bem com o coração,
O
essencial é invisível para os olhos.”
Saint
Exuperry
FICHA
TÉCNICA
Texto
e Direção: Madson José
Músicas:
Marco Aureh
Música
“Bate o Prego”: Lú de Oliveira
Figurinos
e Adereços: Teatro Circense Andança
Produção:
Teatro Circense Andança
Elenco:
Madson José, Luisa Alves, Renata Alves e Rose Assis
Tempo
de Duração do Espetáculo: 40 minutos
Gênero:
Comédia
UM BREVE
DEPOIMENTO
Consideramos
a remontagem do espetáculo “A Última História”, como o início de uma nova fase
do nosso grupo, fase esta que se caracteriza fundamentalmente pelo fato de
estarmos tornando mais claras e conscientes respostas à questões que há muito
vêm rondando o nosso fazer e que se traduzem em metodologia para o
desenvolvimento de um trabalho prático de teatro, que nos engrandece como
artistas e como seres humanos.
Outro
fato relevante que devemos levar em consideração, na escolha desta remontagem,
é a questão principal, o cerne que esta história enfoca, que é a busca da
alegria.
Como
pessoas de teatro e principalmente como palhaços, assumimos um compromisso
artístico e social de criarmos e proporcionarmos a quem quer que seja, momentos
de alegria, prazer e satisfação,
possibilitadores de transformações. Neste contexto este espetáculo só tende a
reforçar este nosso compromisso.
Vale
aqui ficar registrado o quanto de nós está colocado neste processo. Nosso suor,
nossos risos, nossas lágrimas, nossa coragem de mostrarmo-nos com total
transparência e a confiança de podermos contar com o auxílio de todo o grupo
para transpormos nossos limites e seguirmos rumo ao nosso objetivo maior, que é
o desenvolvimento e aprimoramento do nosso fazer artístico, junto a
possibilidade que ele nos traz de nos encontrarmos mais sincera e profundamente
com outros seres humanos.
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