A
exposição “O Corpo na Arte Africana” - que ocupa espaço no Palácio Itaboraí, em
Petrópolis - reafirma os laços nas áreas de educação, pesquisa e saúde entre o
Brasil e a África. Celebrando a cooperação com os países do continente
africano, apresenta 140 esculturas, máscaras e objetos trazidos por
pesquisadores da Fiocruz em missão naquele continente. Eles se apaixonaram pela
arte local formando importantes coleções, que, a partir do próximo dia 29 de
janeiro, serão expostas em duas salas no térreo do prédio histórico. Antes de
seguir para a região serrana, a exposição cumpriu temporada de sucesso no Museu
da Vida (campus da Fundação em Manguinhos) atraindo quase 7 mil visitantes. “O
Corpo na Arte Africana” – que tem apoio da Faperj e colaboração do Instituto
Oswaldo Cruz - marca ainda o sucesso da cooperação Fiocruz-África e a abertura
do primeiro escritório internacional da instituição em Maputo, a capital de
Moçambique.
A
exposição reúne grande variedade de obras de arte do acervo pessoal dos
pesquisadores Wilson Savino, Wim Degrave, Rodrigo Corrêa de Oliveira e Paulo
Sabroza. É dividida em cinco módulos: “Corpo individual & Corpos
múltiplos”; “Sexualidade & Maternidade”; “A modificação e a decoração do
corpo”; “O corpo na decoração dos objetos”; e “Máscaras como manifestação
cultural”. Segundo Luisa Massarani, chefe do Museu da Vida, a exposição chama
atenção para a colaboração científica entre o Brasil e países africanos.
“Mas
buscamos contar esta história de uma forma charmosa e inesperada, tendo como
ponto de partida a paixão despertada em pesquisadores brasileiros pela arte
africana”, disse. “A mensagem subliminar aqui é que ciência e arte caminham
juntas”, conclui.
“Montar
a coleção foi um grande prazer e, agora, poder exibi-la e ajudar na valorização
da riquíssima arte africana em nosso país é uma oportunidade incrível”, comenta
Wilson Savino, um dos colecionadores e curador da exposição.
Gisele
Catel, historiadora, antropóloga e curadora da mostra, ressalta a importância e
diversidade da arte africana. “Temos objetos de cerca de 50 etnias e cada uma
delas é um universo. Como estamos fazendo uma exposição unindo todas elas,
optamos pelo diálogo direto da obra de arte com o público. O acervo desta
exposição é resultado de milhares de anos de arte. A civilização africana é
muito antiga e sua arte é milenar”.
SOBRE O PALÁCIO ITABORAÍ
Erguido
em 1892 pelo projetista e construtor italiano Antonio Jannuzzi, o Palácio
Itaboraí abrigou o colégio Americano e a primeira faculdade de direito de
Petrópolis. Na década de 1930, começou a ser utilizado como residência de verão
dos governadores do Rio – como fora por Jannuzzi – e, posteriormente, por
órgãos do governo estadual. Tombado pelo Iphan em 1982 e pela prefeitura de
Petrópolis, em 1998 a Fundação Oswaldo Cruz recebeu o Palácio Itaboraí em
cessão de uso. O prédio foi reinaugurado em outubro de 2011, depois de passar
por obras de restauração sob a coordenação do Departamento de Patrimônio
Histórico da Casa de Oswaldo Cruz (DPH/COC).
Atualmente,
o Palácio abriga o Fórum Itaboraí: Política, Ciência e Cultura na Saúde, um
programa da Presidência da Fiocruz para a reflexão sobre temas vinculados às
desigualdades sociais e saúde. Além disso, também oferece atividades de
inserção tecnológica, artística e cultural para a comunidade.
SERVIÇO
Exposição:
“O Corpo na Arte Africana”.
Inauguração:
29 de janeiro (terça-feira).
Hora:
11h30.
Visitação:
terça a sábado, das 9h às 16h. Entrada gratuita.
Local:
Palácio Itaboraí - Rua Visconde de Itaboraí, 188 – Valparaíso
– Petrópolis
Telefone
para informações: (24) 2246-1430 - das 8h às 17h.
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