“Mulheres de um Rio de Sentimentos” é o nome
da exposição que agita o Sesc Quitandinha até 23 de junho, sob a curadoria do
artista plástico Cocco Barçante, produção de Michelyne Silveira, da Lausanne –
cultura, turismo e entretenimento e chancela do Sesc Quitandinha.
São painéis que retratam bairros do Rio de Janeiro, além de peças de arte, bolsas e puffs, confeccionados utilizando técnicas artesanais como patwork, bordados, aplicação de vidrilhos, pintura em tecido, crochê, recortes e costuras. O resultado é uma teia de componentes que emociona pela criatividade com que cada assunto é tratado, apesar de por detrás haver inúmeras histórias e vivências de uma realidade dura.
São painéis que retratam bairros do Rio de Janeiro, além de peças de arte, bolsas e puffs, confeccionados utilizando técnicas artesanais como patwork, bordados, aplicação de vidrilhos, pintura em tecido, crochê, recortes e costuras. O resultado é uma teia de componentes que emociona pela criatividade com que cada assunto é tratado, apesar de por detrás haver inúmeras histórias e vivências de uma realidade dura.
Mas
isso não foi impeditivo para que houvesse transformação com emoção e como todos
foram feitos sob muitas mãos, carregam uma grande carga de energia positiva,
deixam claro o bom gosto, o refinamento que cada peça recebe e fazem com que o
espectador vivencie uma série de emoções ao se deparar com a singeleza e
simplicidade dos trabalhos.
Há
dez anos o artista plástico Cocco Barçante iniciou um trabalho junto a diversos
grupos de pessoas que vivem em comunidades menos favorecidas, permutando
coordenação e orientação, por carinho, dedicação e transformação de vidas, como
é o caso do grupo “Nós do Ponto Chic”, formado em sua maioria por mulheres de
uma comunidade em Nova Iguaçu e ao qual oferece assessoria e suporte há quatro
anos.
De
acordo com Catarina, uma das integrantes, o começo foi assustador: “pensei que
ele ia trazer ideias muito diferentes e que a gente nem ia conseguir
acompanhar. Mas o que ele fez foi nos perguntar o que pretendíamos fazer e o
que desejávamos conseguir, na verdade pediu pra gente dizer o que a gente tinha
dentro de nós. Sempre tive muita vontade de que o artesanato pudesse ser uma
realidade, mas nunca poderia imaginar que chegaríamos onde estamos e isso
preencheu um vazio que eu tinha dentro de mim”.
Para
Michelyne Silveira, sócia gerente da Lausanne e produtora da exposição, “é
muito importante para estas pessoas, se aprimorar e saber que elas não estão
fazendo apenas um artesanato que nem sabem se vai vender ou não, depois de
passar por esta assessoria, tomam ciência de que confeccionam um produto de
qualidade, que abre portas para um novo mercado. Isso dá um novo rumo para a
vida delas e um plus para a economia da região”. Michelyne ressalta ainda que
todos os painéis estão à venda e que a Carteira bordada também pode ser
encomendada.
“Estas
mulheres que aqui estão, diante de tantas adversidades, acharam tempo em suas
vidas para criar e se dedicar e modificar suas realidades e isso tudo é muito
gratificante e emocionante”, acrescentou Cocco Barçante (Foto).
Para
Maurício Duarte, professor de estilismo e amigo do artista, a exposição tem
tudo a ver com o Brasil, “o que vemos aqui não é só fazer artesanato, trata-se
de um movimento de inclusão social. Cocco deu um novo significado a tudo isso,
ele está resignificando a cidade, resignificando as comunidades onde trabalha,
resignificando o artesanato. Além disso está criando uma nova plateia, está
ensinando estas pessoas a ver a arte e a conviver com realidades e espaços como
este”.
Horários: terças a sábados – das 10 às 17h. domingos e feriados – das 10 às 16h.
Local: Sesc Quitadinha
Ingressos: Entrada Franca
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