Cláudia Rodrigues e Ítalo Guerra
numa comédia de perder o fôlego
Sábado, dia 14 de setembro, a
partir das 21h a Diga Sim Produções sobe a serra com mais uma comédia de tirar
o fôlego da plateia.
Litinha, interpretada por Cláudia
Rodrigues, é uma faxineira que luta para sobreviver, pois é mãe de vários moleques
e, apesar de ter marido, sustenta integralmente a casa. O seu principal desafio
é sobreviver aos filhos e marido insuportáveis, patrões perversos e ao chefe do
trafico da comunidade que a jurou de morte.
Todo dia corre um boato que ela morreu,
mas ela reaparece muito viva, desafiando as más línguas. Muitos torcem por esse
acontecimento, pois Litinha incomoda, se intromete, fala verdades e expõe ao ridículo
com a sua ingenuidade quase obscena a hipocrisia alheia.
Enquanto faz faxina no teatro, conta
como é sua vida. Apanha desde pequena e a sequela é uma dor de cabeça crônica, que
a deixa fora de si. Sua vida familiar é um pesadelo e a relação com os empregadores
é bastante tumultuada. Seu currículo é extenso porque quase nunca fica mais de um
dia num emprego.
Não entende porque só trabalha pra
gente complicada. A cada 15 dias vai à casa de uns músicos que moram amontoados
num apartamento pequeno, cheio de fumaça e com a geladeira mais vazia do que a sua. Noutro dia limpa, ou melhor, limpava o consultório
de um psicanalista judeu.
Da última vez, ele revistou sua bolsa
e ficou olhando com cara de merda quando achou o relógio que ela havia guardado
“sem querer”. Pior: ele também é assim com as clientes: mudo. E ganha por hora o
que ela ganha por dia! Litinha diz que se diverte ouvindo atrás da porta as histórias
que as madames contam. Cada babado! Inclusive já trabalhou na casa de muitas clientes
do “vampiro da mente” – que é como ela chama o analista judeu e pode garantir: tomam
remédio tarja preta, daqueles que tem que registrar o nome na polícia e vem mais
lacrado do que veneno de rato.
Confessa que já tomou escondido e
essa foi a causa de uma de suas escandalosas demissões. Em busca constante de uma
faxina extra para abater a dívida do crediário do Natal de 2009, sempre acaba na
casa de uma bichinha. Diz que é praga e conclui: rapaz bonito que mora sozinho é
sempre viado. Ou como eles preferem ser chamados: designer, hair stylist, somaliê,
traineé!
E o que seria uma faxina moleza, vira
a uma tortura. Toda bicha tem mania de limpeza, enxerga sujeira que nem existe
e diz que essa desgraça também se abateu sobre a sua família. No início pensava
que seu filho do meio estava aprendendo a lutar MMA, mas como sempre ficava por
baixo, pelado, gemendo e sorrindo, logo desconfiou. Não deu outra: o garoto foi
para a Alemanha e voltou operado, com peitos melhores que os seus. De quinta a domingo
diz que não sai do teatro. Adora! É um mundo bizarro, com histórias de fantasmas
de atrizes que não querem abandonar o palco, artistas inescrupulosos, extravagantes
e problemáticos. Nesse ambiente de ego, rivalidade, inveja e ódio se sente mais
normalzinha, até superior.
A faxineira só implica com o público
desembrulhando bala, com convidado que chega atrasado e atrapalha a peça e com crítico
teatral mal humorado que fala no celular depois do terceiro sinal. Já quis pegar
uns três na porrada. Osso duro de roer, cai e levanta cada vez mais forte, vence
pelo cansaço e tem esperança no futuro: está no fundo do poço, portanto só pode
melhorar! Sabe que leva muita alegria para os outros: quando conta sua vida, todo
mundo ri! Não tem noção do perigo, mas tem um batalhão de anjos da guarda. Litinha
é vaso ruim e não quebra. Ninguém consegue passá‐la pra trás e contrariando todas as
estatísticas, continua Muito Viva.
Os ingressos custam R$60,00
(sessenta reais) a inteira e R$30,00 (trinta reais) a meia entrada destinada a estudantes, idosos, portadores de
necessidades especiais, menores de 21 anos e já podem ser adquiridos na
bilheteria do Theatro D. Pedro à Praça dos Expedicionários s/nº ambos no Centro
Histórico de Petrópolis.
FICHA TÉCNICA
Texto: Rogério Blat
Direção: Ernesto Piccolo
Assistente de direção: Iano Salomão
Cenário: Clívia Cohen
Figurino: Lessa De Lacerda
Iluminação: Frederico Eça
Trilha sonora: Bruno Marques
Preparadora vocal: Rose Gonçalves
Direção de produção: Fernando
Gomes e Ricardo Fernandes
Realização: expressão Piccolo Produções
Artísticas Ltda.
Ingressos
Inteira: R$60,00 (sessenta reais)
Meia entrada: R$30,00 (trinta
reais) – Estudantes, idosos, portadores de necessidades especiais e menores de
21 anos.
SERVIÇO
Muito Viva!
Data: 14/09/2013 - Sábado
Horário: 21h
Local: Theatro D. Pedro
Praça dos Expedicionários s/nº
Centro – Petrópolis/ RJ
(24) 2235-3833
PONTOS DE VENDA
Theatro D. Pedro
Praça dos Expedicionários s/nº
Centro – Petrópolis/ RJ
(24) 2235-3833
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