Já estão abertas as inscrições
para o 10º Solstício do Som – edição de inverno 2015. As bandas, grupos,
músicos em geral interessados devem acessar a páginawww.solsticiodosom.com,
onde também está disponível todo o regulamento. A participação requer dos
artistas – ou de ao menos um integrante da banda – alguma relação com
Petrópolis, cidade da Região Serrana do Rio de Janeiro, sede do evento, além de
três composições autorais. No site, os candidatos podem incluir vídeos e áudios
de seus projetos, fotos, currículos, releases e todo o material necessário. O
festival acontece durante o mês de junho e se encerra sempre na data que marca
o solstício de inverno, em geral, dia 21. As bandas, grupos e músicos
selecionados são escalados pelos dias do festival, considerando gênero musical
e horários disponíveis.
“Pretendemos manter o padrão
de dois palcos, que foi muito bem sucedido no último e garante que a
programação seja cumprida mais que pontualmente. Vamos ampliar também as opções
de cerveja e alimentos disponíveis no festival, em uma área de alimentação um
pouco destacada para que as pessoas se sintam confortáveis a comparecer ao
evento mesmo que não seja dia de seus estilos musicais favoritos”, ressalta
João Felipe Verleun, um dos idealizadores e organizador do evento.
O solstício é um fenômeno
astronômico quando, em dada época do ano, o Sol incide com maior intensidade em
um dos dois hemisférios. Acontece duas vezes ao ano: em junho, que no Brasil
marca a chegada do inverno, e em dezembro, registrando o verão no hemisfério
sul. Temos então em junho, durante o solstício, a noite mais longa do ano, e em
dezembro, o dia mais longo. Os solstícios são datas de extrema importância para
algumas culturas, como a chinesa, por exemplo, que celebra o Dong Zhi, marcando
o fim da colheita e mais um ano que se passa.
Desde 2010 os
solstícios são também momentos muito marcantes na história e na cultura de
Petrópolis. Do velho ao novo mundo, inspirado na parisiense Fête de la Musique, que busca estimular artistas,
amadores e profissionais, a se apresentar nas ruas durante o Solstício de Verão
no Hemisfério Norte, surgiu a ideia de organizar espaço semelhante para os
talentos petropolitanos e outros, que nutram qualquer relação com a Cidade
Imperial. Assim nasceu, em dezembro de 2010, o Solstício do Som. O evento é
realizado duas vezes ao ano, nos períodos do Solstício de Verão e de Inverno.
Começando de forma modesta, com uma ideia mais itinerante, as duas primeiras
edições, centradas na Praça da Inconfidência, em frente à Igreja do Rosário,
reuniram algumas figuras recorrentes da cena cultural da cidade, mas já levaram
muita gente para a rua. Foi então a partir da terceira edição que começou a
ganhar proporções de festival, resultado da grande procura de artistas
interessados em participar. Em 2015 as edições de 2014 do Solstício do Som –
inverno e verão – foram vencedoras do prêmio Maestro Guerra Peixe de Cultura na
categoria Produção Cultural.
“Isso representa um
reconhecimento de um trabalho onde estamos em constante desenvolvimento e
evolução. Também recebemos muitas congratulações o que reafirmou a importância
e simpatia que o Solstício tem no meio cultural, sobretudo àqueles que estão
começando. É uma enorme motivação a continuar nos esforçando para nos mantermos
dignos de ainda mais indicações assim, atendendo aos anseios do público e dos
interessados em participar. Além de solidificar os meses de junho e dezembro
com o Solstício no calendário cultural da cidade”, comenta João Felipe Verleun.
O Festival também reserva um
espaço para exposição de trabalhos de arte visual na Galeria que recebeu o nome
de Michael Lennertz, fotógrafo que registrou algumas edições do Solstício, mas
faleceu em 2013. Os interessados em expor na Galeria também podem se inscrever
pelo site www.solsticiodosom.com,
assim como possíveis parceiros. Por trás dessa atividade que enriquece o
panorama cultural da cidade de Petrópolis, o esforço vem da colaboração, muitas
vezes voluntária, de artistas, técnicos de som e luz e do público simpatizante.
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