No
espetáculo “O Delírio do Verbo”, o ator Jonas Bloch interpreta textos de Manoel
de Barros. Uma narrativa cheia de poesia e humor, que apresenta um novo olhar
sobre a vida, numa linguagem inovadora, surpreendente.
Em
única apresentação, o espetáculo “O Delírio do Verbo” estará em cartaz no
Theatro D. Pedro no dia 12 de setembro, sábado, às 20h, com produção da Curiosa
Cultural e apoio da Prefeitura de Petrópolis, por meio da Fundação de Cultura e
Turismo. Na peça, o ator Jonas Bloch interpreta textos do poeta
sul-mato-grossense Manoel de Barros, em uma narrativa cheia de poesia e humor,
que apresenta um novo olhar sobre a vida, numa linguagem inovadora e
surpreendente.
Considerado
por Drummond o maior poeta brasileiro, os textos de Manoel de Barros não são
rimados nem se reduzem a métricas. Jonas Bloch, ator com mais de 50 anos de
profissão, considera este trabalho como um dos mais lindos de sua carreira.
O
espetáculo tem ambientação cenográfica inspirada na arte de Arthur Bispo do
Rosário que, assim como Manoel de Barros, encontra a beleza nas
“insignificâncias”. A equipe do espetáculo tem a supervisão de Emilio de Mello,
também ator, figurinos de Cassio Brasil e desenho de luz de Bruno Cerezoli.
Sobre o ator
Com mais de cinquenta anos de profissão, Jonas Bloch dividiu sua carreira entre televisão, teatro e cinema, tendo participado de novelas como “Mulheres de areia” e “A viagem”, em filmes como “Amarelo Manga” e “Cabra Cega”, em peças como “Hamlet” e “Sonho de uma noite de verão”, ambas de Shakespeare.
Já
atuou em 38 peças de Teatro, 40 filmes, e em 47 produções para TV. É
formado também em Arte Visuais e o cenário da peça, assim como o trabalho
artesanal presentes na cenografia, são de sua
autoria.
Além
de ter atuado durante muitos anos na Tv Globo, nos últimos anos fez parte do
elenco fixo da Rede Record. Jonas desligou-se da emissora após a novela “Vitória”
e volta agora ao Teatro, atividade que só podia exercer nos períodos de férias
da emissora.
Ainda
neste ano, o público poderá vê-lo nos filmes “Escaravelho do Diabo”, de Carlo
Milani, “Maria da Penha”, de Marcos Schetmann, e “O outro lado do Paraíso”, de
André Ristun.
Após
ler toda a obra de Manoel de Barros, apaixonou-se pelos textos do autor e
selecionou os que melhor se adaptam ao Teatro, resultando no espetáculo “O
Delírio do Verbo”. A equipe do espetáculo, premiadíssima, tem a supervisão
de Emilio de Mello, também ator, figurinos de Cassio Brasil e desenho de luz de
Bruno Cerezoli.
Manoel
de Barros foi vencedor de dois prêmios Jabuti, chegou a ser chamado por Carlos
Drummond de Andrade de "o maior poeta vivo". Guimarães Rosa, que
fez a maior revolução na prosa brasileira, comparou os textos de Manoel a um
"doce de coco". Foi também comparado a São Francisco de Assis pelo
filólogo Antonio Houaiss, "na humildade diante das coisas (...) Tenho por
sua obra a mais alta admiração e muito amor." Segundo o escritor João
Antônio, a poesia de Manoel vai além: "Tem a força de um estampido em surdina.
Carrega a alegria do choro." Millôr Fernandes afirmou que a obra do poeta
é "única, inaugural, apogeu do chão." E Geraldo Carneiro afirma: "Viva
Manoel violeur d'amores violador da última flor do Lacio, inculta e bela. Desde
Guimarães Rosa a nossa língua não se submete a tamanha instabilidade
semântica".
Com
uma cenografia inspirada no artista Arthur Bispo do Rosário, cuja obra se
identifica com as citações de Manoel de Barros. Ambos encontram Beleza em
coisas que não damos importância, transformando-as em poesia, as “coisas sem
santidade”.
Eis o que Jonas
Bloch diz sobre Manoel de Barros:
“Ao
mesmo tempo sofisticado e popular, Manoel de Barros nos revela encantos da
Natureza, nos transporta às suas reminiscências, numa linguagem elaborada,
fascinante, inovadora, e cheia de humor. Em seus livros, tão premiados e
traduzidos em vários países, ele nos apresenta um novo olhar sobre o mundo, ao
abordar o encanto das pequenas coisas, sua magia, e descortina para nós um
universo surpreendente, numa generosa intervenção em nosso cotidiano,
mecanizado pelos rituais da realidade urbana. Manoel de Barros nos convida a
refletir o que somos e a visitar o sentido mais simples e encantador da
vida.”
FICHA TÉCNICA
A
partir da obra poética de: Manoel de Barros
Idealização
e Interpretação: Jonas Bloch
Supervisão
Cênica: Emílio de Mello
Cenografia:
Jonas Bloch
Desenho
de Luz: Bruno Cerezoli
Figurinos:
Cassio Brasil
Cenoténica:
Articulação
Trilha
Sonora: Alexandre Negreiros
Fotografias:
Décio Daniel
Direção
de Produção: Curiosa Cultural
SERVIÇO
O
Delírio do Verbo
Dia: 12
de Agosto
Horário:
às 20h
Duração:
50 min
Classificação
etária: 14
Ingresso: R$ 50,00
Ingresso: R$ 50,00
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