Reformulação do
coro começa com novo processo, em setembro, para seleção do diretor artístico e
regente titular, cantores e pianista
A excelência do canto coral
que coloca Petrópolis em evidência na cena nacional vai ganhar ainda mais força
com a reformulação do Coral Municipal –único corpo artístico do município. Com
41 anos de existência, porém com atividades interrompidas desde o segundo
semestre do ano passado, o coro vai voltar à cena com uma nova proposta
começando pelo processo de seleção – que será aberto em setembro - para diretor
artístico e regente titular, 24 cantores, além de um pianista para acompanhar o
grupo. A nova fase vai garantir melhorias e o aprimoramento técnico do coro,
que será trabalhado para se tornar um grupo de excelência.
“Uma cidade como Petrópolis, que respira
cultura e tem atuante a tradição do canto coral, não pode deixar de lado o
único corpo artístico do município e que representa esse segmento. Não apenas
pela tradição, mas por toda importância do trabalho de excelência que
desenvolveram brilhantemente na trajetória de 41 anos. Certamente essa será uma
nova e promissora fase para o Coral Municipal que vai continuar levando com
orgulho o nome de Petrópolis por onde for. E provando porque a Cidade Imperial
é conhecida como a cidade dos corais”, disse o prefeito Bernardo Rossi.
Com uma diretoria técnica e
qualificada, com expertise no assunto, o Instituto Municipal de Cultura e
Esportes vai conduzir o processo, que vem sendo estudado desde o início da
gestão. E as mudanças, iniciadas pelo novo processo seletivo, além do projeto
que vai desenvolver o potencial do coro também estão sob a coordenação e
chancela de seu fundador e regente por 13 anos, o maestro Ernani Aguiar – um
dos maiores compositores brasileiros vivo.
“Queremos fazer do coro um grupo de excelência
e que ele tenha condições de ser um dos melhores grupos de câmara do país. Esse
é o nosso foco. Por isso convidamos o maestro Ernani Aguiar, fundador do coro e
que dispensa qualquer apresentação. Ele está nos ajudando nesse formato que
visa a excelência técnica que o coro deve ter e a valorização de seus
integrantes”, explica o diretor-presidente do IMCE, Leonardo Randolfo.
Valorização e excelência na nova fase do Coral Municipal de Petrópolis
Em mais de quatro décadas de
trajetória, o Coral Municipal figurou como ícone cultural da cidade sendo
responsável pela estreia de obras famosas no Brasil como a Missa Coralis,
de Lizt, e a Missa para Coro e Órgão, de Brahms, além de diversas
obras resgatadas do período barroco mineiro, resultado das pesquisas realizadas
por equipes especializadas. A importância do coro também foi reconhecida ao ser
prestigiado com composições criadas especialmente para sua característica pelos
compositores Ricardo Tacuchian, David Corenchendler, Guerra-Peixe e Guilherme Bauer,
entre outros, e por dividir o palco com renomados conjuntos musicais e
orquestras desde sua fundação, como a Orquestra Sinfônica Brasileira, Camerata
de Santa Thereza, Orquestra Sinfônica da UFRJ e Orquestra Petrobrás Sinfônica.
Para Leonardo Randolfo, que
tem sua formação como maestro, apesar da história e da tradição no canto coral,
por anos o Coral Municipal de Petrópolis não foi tratado com o profissionalismo
e seriedade com que deveria ter sido gerido.
“Há décadas não existe uma
gestão profissional do trabalho preocupada em fornecer condições para que
tenhamos um grupo de excelência e com condições de trabalho. Por anos o coro
não cumpre sua função institucional, sendo custeado com recurso público. Com
essa nova proposta queremos resgatar o coral, garantindo o padrão artístico e
técnico que ele deve ter, transformando o coro em um grupo de excelência
comparado aos grandes grupos. E isso também inclui a valorização dos
integrantes”, frisa Randolfo, que vem se reunindo desde janeiro com a equipe do
IMCE e o maestro Ernani Aguiar na construção do melhor formato para seleção dos
integrantes.
“Estudamos todos os formatos
para seleção dos integrantes e entendemos que não era o caminho fazer um
concurso público. A exemplo de alguns dos grupos de sucesso do país e do
restante do mundo, nós teremos cantores contratados por intermédio de uma
organização da sociedade civil sem fins lucrativos que será selecionada por
chamamento público”, observa o maestro.
O primeiro passo para a reestruturação
do Coral Municipal será o processo seletivo para o diretor artístico que também
será o regente titular do coro. Em seguida, será aberta a seleção para os novos
24 cantores - que podem ser maiores de 18 anos – e depois do pianista que vai
acompanhar o grupo.
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