“O paciente só vai mudar se ele tiver o desejo da mudança.”
(Dr. Rogério Carvalho)
Método
em que o paciente não é visto de uma forma isolada, mas integrado dentro da
complexidade de um sistema (família, trabalho, escola ou relacionamento), a
Terapia Sistêmica Breve surgiu na década de 40, mas só chegou ao Brasil no
final dos anos 70. Diferente das demais psicoterapias, o tempo das sessões é
mais longo e em números pré-determinados. Ansiedade, depressão, pânico, dentre
outros transtornos causados pelo estresse da vida moderna então entre as
patologias assistidas por esta modalidade de terapia. Em entrevista ao Jornal
Petrópolis em Cena, o Dr. Rogério Carvalho pontua os principais benefícios da TSB
e como ela vem sendo utilizada para solucionar problemas que afetam a saúde e o
bem-estar.
O que é Terapia
Sistêmica Breve?
É
um método de terapia em que o paciente é visto dentro de um sistema. Por exemplo,
o sistema familiar. Neste momento ele, o paciente, recebe interferência do
sistema familiar e interfere ao mesmo tempo neste mesmo sistema. Ele não é
visto de uma forma isolada e sim integrada. A TSB tira o estigma de doença, ou
seja, tira o rótulo para que o terapeuta possa atuar.
O que a difere das
demais terapias?
Existem
algumas diferenças marcantes. Inicialmente o numero de sessões que a priori é pré-determinada,
tem princípio, meio e fim. O tempo de duração dessas sessões é de
aproximadamente de 1h30 e o fato de ver o paciente como membro de um sistema
(daí o nome sistêmica e também sistêmica breve) é porque esta terapia tem o
tempo determinado.
Podemos dizer então
que se trata de uma terapia com tempo determinado para tratamento?
É
verdade. Ela é uma terapia que tem um prazo pré-determinado, até porque essa é
uma das características da terapia breve. Para que isso aconteça tem que haver
uma intensa atuação do terapeuta e do paciente concomitantemente. E as tarefas
inter-sessões.
Qual é o foco?
Por
existir uma terminalidade do processo, a Terapia Sistêmica Breve tem o foco em
cima da queixa que o paciente traz, por este motivo ela é bem pontual, incisiva
e precisa.
Por que a TSB é
mais rápida que as demais psicoterapias?
Uma
das coisas que podem aparecer nesta questão do tempo é o numero de sessões, a
duração das sessões e as interferências terapêuticas que atuam (inter-sessões).
Ou seja, entre uma sessão e outra o paciente muitas das vezes leva tarefas, o
que faz com que essa sessão perdure durante o intervalo.
Como se dá a
relação entre terapeuta-paciente?
A
relação tem que ser muito proximal e intensa, com um nível de atuação bastante
alto. Na verdade, eu poderia dizer que primeiro começa com o processo de
acolhimento, com o coração, depois você acolhe com a alma e ai, em terceira
instância, você entra com a técnica. A técnica atua no terceiro momento e não
no primeiro. Este talvez seja o maior
ganho na relação paciente terapeuta.
A quem se aplica?
Na verdade a aplicabilidade prática da Terapia Sistêmica Breve é
extensa. Atinge bulimia, anorexia, drogas, adolescência, casamento, pânico,
depressão, ansiedade, luto, traumas. Também atua muito em cima de questões que
a vida moderna, infelizmente, está trazendo, dentre eles as questões que
ocorrem no casamento (falta de diálogos e afastamento) e em âmbito familiar,
como a dificuldade de relacionamento de pais com filhos ou filhos com pais. É um leque de atuação bastante amplo.
Qual a
funcionalidade da Terapia Sistêmica Breve?
A
funcionalidade está muito em cima do desejo do paciente. Sem desejo não há
crescimento, não há atuação, não há movimento, não há mudança. E o paciente só
vai mudar se ele tiver o desejo da mudança.
Finalizando, em que
momento o indivíduo deve buscar ajuda de um profissional?
Sempre
que um sintoma persistir por um tempo mais longo também acompanhado de uma
mudança significativa na qualidade de vida, a ajuda deve ser vista como
necessária.
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Dr.
Rogério Carvalho - terapeuta
Contato:
rogeriocarvalho1950@yahoo.com.br
WhatApp: (24) 992086786
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