Em sua primeira
exposição individual a fotografa carioca Cacau Fernandes leva para Petrópolis
diversas manifestações culturais dos interiores do Brasil
Cacau
Fernandes realiza aexposição individual Ancestralidades Contemporâneas no
Espaço de Exposição da Cervejaria Bohemia em
Petrópolis/RJ 12 de março à 26 de abril.Composta por 40 fotografias que
retratam manifestações culturais em três regiões do Brasil. A exposição
itinerante esteve em cartaz na Estação Casa Amarela, em Caçapava, interior de
São Paulo e no Centro Cultural Light, no Rio de Janeiro. Segue em circulação
pelas cidades da região Sudeste.
A
exposição
Cacau
escolheu quatro manifestações culturais que estão na memória afro-brasileira:
“Os Cão de Jacobina” e “Nêgo Fugido”, na Bahia, “Lambe Sujo e Caboclinhos”, em
Sergipe e “O Bloco da Lama”, no Rio de Janeiro. Ao todo são 40 fotografias, dez
para cada evento, que estarão a venda após o fim da exposição. Os interessados
poderão fazer uma reserva e adquiri-las ao final da circulação desta mostra ou
solicitar cópias numeradas e assinadas, com impressão em Fine Art.
“A
ideia da exposição partiu de amigos. E olhando as minhas fotos que retratavam o
Carnaval e outras festas afro-brasileiras surgiu o conceito da ancestralidade. A
jornalista Cristina Chacel sugeriu o nome Ancestralidades Contemporâneas,
aceito na hora. Os mesmos amigos se juntaram para viabilizar financeiramente a
exposição, não há qualquer verba de lei de fomento ou editais. As fotos foram
feitas ao longo de 5 anos. Fui à essas festas com os fotógrafos consagrados
Severino Silva e Alex Ribeiro em um projeto junto a um fotografo da Cannon.
Este é o resultado”, conta Cacau.
Nessa
viagem pelos “Brasis” o visitante vai mergulhar na cultura do folclore
brasileiro e conhecer tradições e uma história pouco contada nos livros ou nos
veículos de comunicação.
“Os
ensaios emergem como um contraponto aos trabalhos cotidianos da fotojornalista.
São olhares mais poéticos que documentais sobre grupos que veiculam suas
figuras numa dimensão sacroprofana de danças e cortejos onde festa, fé, rito e
carnavalização se traduzem em corpos que são ocultados/revelados sob camadas de
substâncias enegrecedoras, em personagens que emergem lúdicas e libertárias”,
aponta o curador e escritor Tchello d’Barros.
“Pude
descobrir um Brasil que o próprio Brasil desconhece. As obras têm em comum
manifestações culturais que remontam à época da escravidão no país. Nada mais
propício do que trazer isso à tona neste momento nacional. As pessoas precisam
saber e entender as pluralidades do nosso Brasil”, conclui Cacau Fernandes.
Cacau
Fernandes
Fotografa
obstinada pelo resgate de manifestações culturais esquecidas ou desconhecidas e
manifestações de fé, de uma ponta a outra do Brasil. Da seca no Nordeste ao
alagamento em Mariana, Cacau registra os momentos de maneira única, com um
olhar incansável, sensível e aguçado, que transporta quem vê suas obras, aos
cantos mais escondidos do país, mesmo que estes cantosestejam dentro de grandes
capitais, como as favelas do Rio de Janeiro. Superação é a palavra que mais a
define. Graduada em Fotografia pela Universidade Estácio de Sá e pós-graduada na
mesma instituição em Imagem Digital. Ouviu de alguns colegas, logo no primeiro
período, que deveria desistir do curso por não ter o melhor equipamento,
experiência na área e mais de 40 anos. Sagaz, Cacau se esforçou ao máximo para
comprovar que quem faz a foto, é o fotógrafo e não o equipamento, e, no segundo
período já trabalhava nas redações de grandes jornais do Rio. Em 2014, foi
indicada ao Prêmio Esso, o maior reconhecimento da imprensa nacional, até
então. Teve suas imagens publicadas nos anuários “O Melhor do Fotojornalismo
Brasileiro”, em 2014, 2015, 2016 e 2017.
Em 2017, ficou entre os 10 finalistas do Prêmio Parati em Foco.
Trabalhou no Jornal O Dia por cinco anos, também teve imagens publicadas na
Revista Veja, Jornal O Estado de São Paulo, Meia Hora, O Globo, Extra, O Povo,
Brasil Econômico, entre outros,
Nascida
no subúrbio do Rio de Janeiro, Cacau Fernandes já trabalhou de quase tudo em
seus 50 anos de idade, de camelô a apontadora do “Jogo do Bicho”, passando por
cabeleireira, cozinheira e cuidadora de idosos, fez de tudo um pouco para criar
seus dois filhos pequenos. Foi na Fotografia que encontrou sua razão de viver.
Fez curadoria ou colaboração em diversas exposições como as de Evandro
Teixeira, Alex Ribeiro e Severino Silva – este último, teve a exposição “Rio is
a Hot City” levada para a Alemanha, uma experiência ímpar para Cacau. Idealizou
e fundou o Espaço Cultural Evandro Teixeira, na Universidade Estácio de Sá, no
Campus Rio Comprido.
Ela
também se especializou em fazer grandes eventos na sua área de formação, lançou
a Semana da Fotografia na Universidade Estácio de Sá, em 2012, e organizou o
evento nas cinco edições seguintes, parando apenas em 2018. Organizou a edição
de 2017, mesmo tendo sido atropelada por um carro alegórico na Marques de
Sapucaí, ficando impedida de fotografar por quase um ano, mas o evento a
manteve próxima da fotografia.
Serviço:
Ancestralidades Contemporâneas - Cacau Fernandes
Local: Espaço de Exposição da Cervejaria Bohemia em Petrópolis/RJ.
End : R. Alfredo Pachá, 166 - Centro, Petrópolis - RJ, CEP :25685-210
Data: 12 de Março a 26 de Abril de 2019
Horário de funcionamento:
Segunda a Quinta: 12h às 17h
Sexta, Domingo: 10h às 17h
Sábado: 10h às 18h
Ancestralidades Contemporâneas - Cacau Fernandes
Local: Espaço de Exposição da Cervejaria Bohemia em Petrópolis/RJ.
End : R. Alfredo Pachá, 166 - Centro, Petrópolis - RJ, CEP :25685-210
Data: 12 de Março a 26 de Abril de 2019
Horário de funcionamento:
Segunda a Quinta: 12h às 17h
Sexta, Domingo: 10h às 17h
Sábado: 10h às 18h
Entrada Franca
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