Choque térmico e consistência
rígida do gelo são os responsáveis por possíveis prejuízos.
Mastigar gelo é, para muita
gente, uma forma de aliviar o calor ou mesmo um hábito já adquirido. Mas as
consequências podem ser desagradáveis. Isso porque o choque térmico – o gelo é
uma pedra de água abaixo de zero grau – e a consistência dura podem ocasionar
fissuras e até a quebra dos dentes.
O cirurgião dentista Márcio
Marques, do Instituto Rio, explica que a estrutura do dente é semelhante a de
um vidro.
“A temperatura do corpo fica em torno de 36º.
O contato entre o dente e o gelo provoca uma contração térmica repentina. Se
essa mesma condição for aplicada a uma placa de vidro, a possibilidade do
objeto trincar é grande. O mesmo pode acontecer com os dentes”, exemplifica o
especialista.
Ao contrário do sorvete, por
exemplo, que também é levado à boca a uma temperatura extremamente baixa, o
gelo é rígido e o impacto entre as duas estruturas de consistência dura é mais
um problema.
“O gelo é como se fosse uma pedra e esse
impacto não é compatível com a capacidade mastigatória. Os dentes não são
preparados para triturar alimentos tão rígidos. No caso do sorvete não há esse
problema, mas em compensação tem o açúcar, que é fator de risco para a cárie”,
alerta Márcio Marques.
De acordo com o dentista, o
ideal é consumir alimentos à temperatura ambiente, entre 20 e 25º. Informações:
(24) 2231-0365 e (22) 2647-6242.
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