O espetáculo “Frida Kahlo- A
Deusa Tehuana”, com direção de
Luiz Antonio Rocha e atuação de Rose Germano é sucesso de público e de crítica.
É um monólogo livremente inspirado no diário e na obra da artista mexicana
Frida Kahlo, com fragmentos da vida e do pensamento de uma mulher à frente do
seu tempo. A apresentação acontece neste domingo, às 18h, no Theatro Santa
Cecília. (Foto: Renato Mangolin)
“Internacionalmente conhecida,
principalmente pela obra artística, Frida Kahlo tem sua dimensão mais humana
exposta no notável monólogo ‘Frida – A deusa tehuana’, no qual é vivida pela
atriz brasileira Rose Germano”
(trecho da reportagem do
jornal El Universal, o principal do México)
“Luiz Antonio Rocha impõe à
cena uma dinâmica essencialmente corajosa. Afora o fato, naturalmente, do
encenador criar marcas muito expressivas e explorar com grande sensibilidade
todas as possibilidades da bela cenografia de Eduardo Albini.”
(trecho da crítica de Lionel
Fischer) 2
“Impressiona o ritmo impresso
pela direção de Luiz Antônio Rocha. Não há preocupações com o silêncio ou com o
preenchimento das lacunas. Tudo é feito com tanta beleza que nossa
sensibilidade fica à flor da pele.”
(trecho da crítica de Renato
Mello)
Sinopse:
Quem foi Frida Kahlo longe dos
holofotes, na vida particular, sem estereótipos? Desta pergunta partiu a
investigação para a montagem do espetáculo ‘Frida Kahlo – A deusa tehuana’, que
desconstrói o mito para falar da mulher. Com direção de Luiz Antonio Rocha,
atuação de Rose Germano e texto escrito pela dupla, o monólogo estreou em 2014
com sucesso de público e crítica, e na época da estreia ganhou a capa do
principal jornal do México, o El Universal, e foi destaque nas emissoras de TV
do país.
A peça é livremente inspirada
no diário e na obra da pintora mexicana, artista que ultrapassou a popularidade
adquirida com seu trabalho e tornou-se sua melhor arte. Frida Kahlo pintou sua
própria face, teatralizou a sua própria existência, foi a expressão maior de
luta e superação mesmo trazendo consigo as maiores dores – físicas e
existenciais. No lugar do luto, vestiu-se de cores.
Diretor de extrema
sensibilidade e colecionador de sucessos em espetáculos como “Uma Loira na
Lua”, “Eu te Darei o Céu” e “Brimas”, Luiz Antonio Rocha conta que todo o
processo do monólogo partiu do corpo da Frida. “A gente ficou um mês tentando
descobrir como seria o corpo de alguém que fez mais de 30 cirurgias, que tinha
dores e tomava morfina para sentir alívio; e que também teve pólio. Era uma mulher
que certamente tinha dificuldade em caminhar. Fugimos do corpo cotidiano e
trabalhos suas limitações e, a partir daí, fomos descobrindo a história que
aquele corpo tinha para contar”.
Atriz com formação em Artes
Cênicas pela UniRio e Cinema pela Universidade Estácio de Sá, Rose Germano
sempre procurou aprofundar a sua arte e conduzi-la para um teatro de
referências. Mergulhou no universo de Shakespeare, Brecht, Plauto, mas foi em
‘Frida Kahlo – A deusa tehuana’ que a atriz encontrou o seu grande desafio. Ao
falar sobre o que a inspirou a viver Frida Kahlo no teatro, Rose Germano
comenta que “há uma similaridade entre as culturas mexicana e brasileira,
especificamente a nordestina, em que estão as minhas raízes. Sou de Riacho do
Meio, uma cidadezinha do interior da Paraíba. Foi aí que me inspirei, nesse
povo guerreiro, nas histórias de mulheres cheias de vida e coragem.”
A atriz destaca ainda a
importância de falar sobre a artista hoje. “O grande destaque está na
autenticidade da mulher à frente do nosso tempo. Ela é a desmedida das coisas,
está fora dos padrões estabelecidos. Viver Frida é encarar a vida e a morte com
a mesma grandeza.”
Uma Frida mais humana
Tudo de mais óbvio sobre a
trajetória de Frida foi excluído da dramaturgia. “Queria justamente algo que
não estivesse nos registros oficiais da história, que mergulhasse no sentimento
mais profundo de uma mulher que queria ser mãe e não conseguiu, que era frágil
e, ao mesmo tempo, forte e determinada. Colocamos o inédito, o que as pessoas
sequer imaginam, como a sua relação com os médicos e a descoberta da
colecionadora de arte Dolores Olmedo”, explica Luiz Antonio Rocha. “No espetáculo,
desconstruímos o mito, construindo uma Frida humana, bem diferente da figura
pop na qual foi transformada pela
grande mídia no mundo inteiro”, conclui o diretor.
A preparação para a montagem
do espetáculo foi longa e incluiu uma viagem ao México, na qual Luiz Antonio
Rocha encontrou a Frida que queria montar: a pintora que transformou a dor em
arte estava despida para dar vida à deusa tehuana. Na cidade de Oaxaca, o
diretor comprou todas as peças que compõem o figurino do espetáculo. Elas são
autênticas, conseguidas em antiquários e artesãos indígenas.
Ficha Técnica:
Texto: Luiz Antonio Rocha e
Rose Germano
Direção: Luiz Antonio Rocha
Elenco: Rose Germano
Músico: Eduardo Torres
Iluminação: Aurélio de Simoni
Operador de Luz e Som:
Alexandre Holcim
Cenário, Figurinos e Direção
de Arte: Eduardo Albini
Trilha Sonora: Marcio Tinoco
Assessoria de imprensa: Racca
Comunicação
Direção de Movimento: Norberto
Presta
Fotos: Renato Mangolin e
Carlos Cabéra
Direção de Produção: Diga Sim!
Produções
Duração: 60 minutos
Link de vídeo:
https://vimeo.com/211434272
Serviço
Teatro Santa Cecília
31 de março de 2019, domingo,
18h
Ingressos: Inteira: R$60,00
Meia Entrada e Eu Faço Cultura: R$30
Promocional Ator/Atriz:
R$20,00 APPAE/Antecipado : R$25,00
Classificação 16 anos
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