por Robson Mello*
A essência da lei, que é o
fomento a cultura, só poderá ser alterada com um projeto de lei aprovado pelo
Congresso Nacional
Com a mudança de governo e as
promessas e declarações do então candidato à presidência sobre a Lei Rouanet,
houveram diversas especulações sobre a validade e os resultados para a
população dos recursos aplicados na Lei Rouanet.
De fato, o volume de recursos
que o Estado abre mão através da remissão do imposto de renda são volumosos,
mas não são de fato substanciais frente ao orçamento do País.
A questão central está nas
prioridades, políticas e operacionalização da distribuição desses recursos, que
são direcionados baseados em uma legislação avançada para a sua época de
criação, e que não sofreu mudanças em sua essência, mas sofreu profundas
mudanças em sua operacionalização.
É importante saber que o então
ministério da cultura ou agora secretaria especial, rege a operacionalização da
transferência de recursos através da publicação de Instruções normativas,
decretos e portarias. É nesse tocante que o novo governo está atuando.
É importante saber que a
essência da lei, que é o fomento a cultura, só poderá ser alterada com um
projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional, mas as políticas de aprovação
e direcionamento são atribuições do poder executivo.
Cabe ao cidadão e
principalmente os entes culturais e consumidores da cultura, estarem atentos a
esses direcionamentos, sendo eles a força motriz dos projetos culturais no
brasil.
A mão do estado, como já
falei, influenciará nas formas de fomento e até o momento no que tange as
sugestões de mudança, visa descentralizar e dar mais acesso aos pequenos
produtores, sendo mais rígidos com grandes produções, o que em determinado
ponto de vista, pode ser bom para a economia da cultura como um todo, no
entanto, prejudicial aos grandes atores do mercado da cultura no Brasil, que
hoje levam a maior “fatia do bolo”.
Quem será que terá mais voz
ativa para especular e causar desentendimentos quanto as mudanças
propostas?
(*)Robson Mello é formado pela
Fase em administração de empresas com ênfase em sistemas de informação, possui
outras duas formações na área de gestão empresarial e gestão de projetos, foi
suplente do segmento de bandas marciais no conselho de cultura de Petrópolis e
tem vasta experiência em elaboração de projetos culturais
aprovados pela Lei Rouanet, realizando projetos desde 2006.
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