O Centro Cultural da FMP/Fase
recebe, em curta temporada no Brasil, a artista plástica francesa StelH, até 17
de agosto apresentará sua arte evolutiva com a temática da miscigenação. As
obras terão a participação de artistas locais e do Rio de Janeiro e envolverão
a população durante o processo de criação coletiva. A inauguração da mostra
está marcada para o dia 02 de agosto.
StelH trabalha com o que chama
de pintura molecular. Utilizando os quatro elementos fundamentais da natureza,
água, ar, terra e fogo, ela mistura matérias vivas, vibrações e sentimentos,
traduzindo o que entende por diversidade, fraternidade, vida. A artista deseja
que o espectador se torne ator e explore livremente as próprias sensações nas
criações propostas. “Eu me inspirei na pluralidade de identidade do Brasil para
criar uma exposição onde a arte se torna alquimia, no intuito de conectar
nossas humanidades, liberando as semelhanças delas para entregar uma mensagem
de paz”, conta.
O curador da mostra, Claudio
Partes, ressalta que a proposta vai além de uma exposição, mas pretende
proporcionar, principalmente, a troca de experiências artísticas, técnicas e
culturais entre StelH e artistas brasileiros. “Outro aspecto inovador e de
grande diferencial nesse sentido é o Centro Cultural da FMP/Fase promover essa
aproximação, esse intercâmbio, que irá gerar essa troca envolvendo artistas e
público, visto não ser algo comum nos espaços culturais da cidade”, destaca o
artista plástico.
Formada em Marketing, StelH
(nome artístico de Estelle H.) nasceu em 1973, em Montauban, no Sul da França,
e chegou à arte como autodidata. Seja em escultura, em poesia ou em pintura,
suas obras são sempre cheias de humanidade e emoção. A artista utiliza
materiais inusitados para compor suas obras, como champanhe, rosas, areia e
vela. “As moléculas do vegetal interagem com a tela, as suas cores evoluem com
o tempo de acordo com as suas interações químicas: numa tela, o mesmo vinho
passará de rubi a rosa velho; numa outra, ele será azul acinzentado. As
moléculas, em movimento, entram em diálogo, têm vida própria. O aleatório se
imiscui nas peças de forma que surja a ordem ocultada na desordem aparente do
real”, explica.
O Centro Cultural da FMP/Fase
funciona de segunda a sexta-feira, das 09h às 21h, e sábado, das 09h às 18h. A
entrada é franca.