Escolhas
alimentares podem aumentar risco de desenvolvimento da doença
Há anos o mês de outubro é
marcado pela campanha nacional de prevenção e diagnóstico precoce do câncer de
mama. O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima que em 2018 foram
diagnosticados 59.700 novos casos da doença, sendo que 30% poderiam ser prevenidos
com alimentação balanceada, atividade física, eliminação do consumo de bebidas
alcóolicas e outros hábitos ligados a um estilo de vida saudável.
Para ajudar a esclarecer como
as escolhas alimentares atuam na prevenção do câncer de mama, Jéssica
Santos, nutricionista, responde abaixo dúvidas sobre o assunto:
A carne vermelha em excesso
aumenta a chance de desenvolver o câncer de mama?
Sim, diferentes estudos
realizados por instituições como Universidade de Harvard e Universidade de
Leeds, da Inglaterra, apontam que o consumo excessivo de carne vermelha pode facilitar o
desenvolvimento do câncer de mama.
“Para quem deseja tirar o
alimento do cardápio, sem perder o sabor e demais valores nutricionais, pode
procurar por substitutos da carne à base de vegetais como os feitos
de proteína da ervilha ou de soja”, sugere.
Quais alimentos podem reduzir
o risco da doença?
Ao adotar uma alimentação
balanceada e rica em alimentos in natura como frutas, legumes,
vegetais e cereais integrais, menor serão as chances de células cancerígenas se
desenvolverem. Isso porque fibras alimentares e antioxidantes, encontrados em
frutas, leguminosas e cereais, atuam diretamente na eliminação de toxinas do
organismo que podem desencadear tumores.
A obesidade é um fator de
risco?
Sim, por estar associada à
péssimos hábitos alimentares a obesidade também representa outro fator de risco
do câncer de mama. Além de estar relacionada com diabetes e hipertensão que
podem dificultar o tratamento do câncer.
Consumo de bebidas alcóolicas
também aumenta o risco do surgimento do câncer de mama?
Sim, bebidas alcóolicas em
geral quando consumidas regularmente podem ajudar no desenvolvimento de células
cancerígenas.
“De uma forma geral, a longo
prazo uma alimentação saudável e pobre em gorduras saturadas, açúcar e
alimentos ultraprocessados além de ajudar a prevenir o câncer de mama, também
contribui para reduzir agressividade da doença quando afeta a paciente”, argumenta.