Giulia de Araújo


Primeiro livro

 

Escritora lança obra pela Ed.Voz de Mulher


A editora Telma R. Ventura abriu a agência em 2018, no intuito de contribuir para a cena literária e cultural do país, por meio do agenciamento de escritores e escritoras de obras literárias de Língua Portuguesa. Entretanto, Telma logo notou que, com sua formação e habilidades - e levando em conta o panorama editorial no Brasil e, em especial, em São Paulo -, prestaria um melhor serviço à literatura nacional caso trabalhasse analisando, criticando e publicando livros, ao invés de agenciar carreiras. Por essa razão, encerrou as funções da Livrescritas.

 

Ao mesmo tempo, a editora coordenava, desde 2002, o Projeto Voz de Mulher - projeto alinhado às Metas do Milênio estabelecidas pela ONU, o qual era voltado para a promoção da saúde das mulheres (saúde bio-psico-social, de acordo com a OMS) e que oferecia atendimentos e vivências em grupo, abarcando as áreas de Psicologia, Educação e Arte.

 

Dessa forma, reunindo todo conhecimento na área editorial, decorrente das funções da Livrescritas,  com a extensa vivência advinda das práticas com mulheres, Telma decidiu fundar a Editora em maio de 2020.

 

A Voz de Mulher possui como foco editorial publicar livros das áreas de Literatura (poesia, conto, romance, crônica), Teoria e Crítica literárias, Mulheridades (áreas de Humanas e Saúde, cujos temas estejam associados ao universo da mulher), Psicologia e Educação, escritos por mulheres. E a fim de promover, incentivar e dar reconhecimento à qualidade da escrita das mulheres que as procuram para publicar suas obras, a Editora possui como política editorial oferecer a gratuidade de publicação às dez obras com maior qualidade artística e/ou teórica recebidas quando da abertura para envio de originais.

 

Uma questão muito importante para a Editora é o fato de toda a equipe ser de mulheres, ou seja, desde a office-girl, passando pela editora, diagramadora e ilustradora. “Todas trabalhamos para oferecer às escritoras possibilidades de publicação condizentes com o momento sócio-político-econômico que atravessamos, e para ofertar ao público-leitor livros com excelente qualidade artística, gráfica e, acima de tudo, de conteúdo tanto literário quanto teórico”, ressalta Tema.

 

E foi em meio a esse pensamento de missão empresarial e literária, que o primeiro original de Giulia de Araújo, foi selecionado para compor às dez obras avaliadas como de maior qualidade artística e/ou teórica recebidas pela editora.

 

Giulia Madeira Coutinho de Araújo, Giulia de Araújo, é filha da também autora Drica Madeira e foi educada e vive num lar em que a leitura e a educação são prioridades. Giulia é feminista e escritora, tem 21 anos e é natural de Petrópolis. Estuda Direito na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), tendo feito parte do curso na Universidade de Brasília. Em 2017 coordenou o Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UFRRJ e atualmente é pesquisadora do Núcleo de Pesquisa em Direitos Fundamentais, Relações Privadas e Políticas Públicas da UFRRJ.

 

O primeiro livro a ser publicada pela autora é intitulado “Romancinho – ou o clube de Roland Barthes” e trata-se de uma narrativa com reflexões de uma jovem que, vendo-se obrigada a fazer uso das novas tecnologias para se relacionar com as pessoas em um momento de isolamento social, se interessa por um rapaz do qual desconhece absolutamente tudo, exceto aquilo que vê pela câmera de uma videoconferência. Ao longo de uma oficina de escrita que acontece virtualmente ela presencia discussões literárias, lê textos e ouve histórias de pessoas que estão em diferentes lugares do Brasil.

 

Giulia conta que recebeu, encaminhado via Instagram, por um amigo, a portagem da Editora Voz de Mulher. “Eu não conhecia a editora, passei a seguir e resolvi enviar uma história para avaliação, já que elas estavam aceitando originais de mulheres escritoras durante a pandemia. Algumas semanas depois recebi um e-mail dizendo que elas gostaram do texto e queriam publicar em formato de livro. Tomei um susto porque geralmente as respostas demorar a chegar porque as revistas e editoras têm muito trabalho. Foi uma surpresa incrível”, conta.

 

A jovem autora lembra que em meados de julho estava participando de uma oficina de escrita com a escritora e professora Paloma Vidal, e foi num dos encontros por conta da oficina que surgiu a ideia de escrever o texto que agora vira livro. A estudante ainda conta que a obra fluiu de forma natural e que demorou cerca de um mês para ser concluída. “As ideias vinham, eu fazia anotações. Escrevi um pouco e parei, achei que tinha perdido a história. Retornei ao texto e tive fôlego para terminar. O fato é que eu escrevo desde o início da minha adolescência, escrever sempre foi uma maneira de me expressar, contar às coisas que vejo, colocar os meus sentimentos no papel, mostrar o que eu vejo. Tive uma boa experiência durante a oficina de escrita. Tive muitas ideias e estava muito animada para escrever. Então a história veio na minha cabeça. Acho que o que me motivou a escrever essa e outras histórias é mesmo uma necessidade de expressão” pontua.

 

A jovem, que é estudante de Direito e muito envolvida com movimentos de cunho social afirma que nunca antes tinha escrito ficção, então, de forma geral, tudo o que escreveu de alguma forma aconteceu de verdade. “Então as histórias surgem no mundo, eu vejo, acho o máximo e decido escrever. A ideia do Romancinho é muito simples: uma jovem conhece um homem numa oficina de escrita por vídeo-conferência, ela se interessa por ele e passa a escrever no papel todas as impressões que têm dele, inclusive coisas que ela supõe que ele faça. Essa história surgiu assim, achei aquele rapaz muito interessante e comecei a escrever, como se estivesse conversando com alguém. As outras coisas que eu escrevi são mais ou menos assim, experiências simples, corriqueiras que me chamam a atenção. Sinto que as histórias me são dadas, preciso só escrevê-las. Não invento nada, acho que eu só transmito” declarou.

 

Ao ser questionada sobre o que espera com a publicação, a jovem autora e estudante, responde com a coragem de uma grande e consagrada escritora e mulher. “Confesso que fiquei tão surpresa que às vezes acho ser mentira o fato de que é um livro, então não sei exatamente o que espero. Talvez que as pessoas gostem dele, achem divertido. Estou muito ansiosa para que me digam o que acharam. Também tenho medo de acharem ruim, como qualquer escritora”, finaliza.

 

A pré-venda do livro será divulgada em breve pela Editora Voz de Mulher através do Instagram @editoravozdemulher (https://www.instagram.com/editoravozdemulher/).

 

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