Isolamento social
Método pode auxiliar nos sintomas
Técnicas de hipnoterapia podem ajudar a reduzir a ansiedade. A informação é da Gabi Abaracon, hipnoterapeuta natural de Petrópolis, autora do capítulo “Assuma o Descontrole da Sua Vida” do livro “O Sucesso é Treinável”. Com métodos que identificam e tratam a raiz do problema, a hipnose é uma ferramenta usada para acessar uma parte da mente, chamada subconsciente, que é responsável por 95% da nossa capacidade mental. “É nele que ficam guardadas diversas informações que desconhecemos e apenas temos resultados consequentes disso, e então instalamos uma sugestão positiva nela”, explica.
O método pode ser um importante aliado neste momento. É que, de acordo com uma pesquisa realizada pelo Instituto de Psicologia da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), os casos de ansiedade aumentaram em 80% durante a pandemia. O estudo analisou 1.460 pessoas de 23 estados. Outra pesquisa realizada no período de isolamento social pelo Ministério da Saúde revela que 32% dos brasileiros estão sofrendo de ansiedade e depressão. “A ansiedade não é um problema se a canalizarmos de maneira positiva. Identificar e resolver o que a está causando é o primeiro passo para lidar com ela de maneira eficiente - toda emoção é importante e pode ser positiva se soubermos usá-la a nosso favor”, destaca Gabi, explicando que “o processo ansioso, na verdade, é um sintoma de algo maior, de um desconforto principal”.
Gabi afirma que as pessoas passam por momentos de ansiedade, mas muitas vezes focam nesta causa para não precisar lidar com o real motivo do problema e isso, na maioria dos casos, não acontece de forma consciente. “Muitas vezes nem temos ideia de que pode existir uma causa, achamos que esse é o ‘problema’. Ao trabalharmos a ansiedade, ajudamos a pessoa a fazer novas conexões neurais e criar um novo significado com a situação que causa aquele sintoma, podendo reduzir ou até eliminar aquela questão”, destaca.
Além da ansiedade, o trabalho de hipnoterapia pode ajudar pessoas com estresse, depressão, que têm dores crônicas e até mesmo que queiram mudar um hábito e não estejam conseguindo, como o de parar de fumar, por exemplo.
Autora desmistifica a hipnoterapia
“Uma coisa que gosto de deixar clara logo no primeiro encontro com um cliente é que toda hipnose, na verdade, é uma auto-hipnose e, por isso, não sou eu quem está no controle e sim a própria pessoa. O que é fundamental neste processo, no entanto, é seguir as instruções, não precisando, sequer acreditar no método, mas seguir o caminho que o hipnoterapeuta está apontando durante a sessão”, explica.
Como técnica terapêutica, a hipnoterapia ajuda as pessoas a reaprender a lidar com situações que lhes causam sofrimento. E a prática é reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina desde 1999, além de ser certificada pela Associação Médica Britânica desde 1955; pela Associação Psiquiátrica Americana desde 1961 e pela OMS desde 1974.
Gabi explica que seu trabalho consiste em aglutinar outras técnicas como a Decodificação Mente Corpo, que envolve a Medicina Germânica e a Cinesiologia, além de outras ferramentas. As sessões, incluindo o questionário que é respondido para que a profissional tenha informações para o tratamento, duram de duas a três horas.
“Foi exatamente neste processo e vendo como há sofrimento no processo emocional e como as pessoas tendem a querer um controle que não existe que cheguei ao capítulo do livro. Assumir o descontrole das nossas vidas é ter consciência de que existem fatores externos que não são controláveis. E está tudo bem! Ter consciência disso nos dá a oportunidade de nos conhecermos melhor e lidar de uma forma mais leve e saudável com os aspectos de nossas vidas”, finaliza.
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