Renato Guimarães*
Kamila Malheiros**
Pensar no futuro nos remete diretamente ao passado e ao presente. Em 2020 foi comemorado o bicentenário de Florence Nightingale, a percussora da Enfermagem moderna. Coincidentemente fomos atingidos pela pandemia do novo Coronavírus, o que nos fez retomar as reflexões sobre a importância das boas práticas da teoria ambientalista de Florence.
Jamais se imaginaria que o mundo todo pudesse estar sujeito de forma tão exacerbada aos cuidados da enfermagem, ainda mais de uma forma tão diferenciada quanto vimos durante este período.
A enfermagem está presente na docência, na pesquisa e em todas as esferas da assistência, seja na atenção primária, secundária ou terciária. E hoje, com exceção aos que estão atuando na linha de frente, depara-se com o desafio de colocar em prática a essência da profissão – o cuidado – de forma acolhedora e presente através das telas dos computadores e celulares.
A tecnologia sempre esteve presente no entretenimento e hoje observamos a imperiosa necessidade de implantação nas academias de ensino e também nos espaços laborais, sejam hospitais, ambulatórios e até mesmo no home office. É necessário destacar a Resolução 634/2020 do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN), que normatiza a Teleconsulta em enfermagem, como forma de combate à pandemia, expandindo ainda mais a profissão.
Mas afinal, qual é a enfermagem do futuro?
A enfermagem do futuro é ciência, tecnologia, especialização e cuidado. Encontrando o equilíbrio entre o tecnológico e o humano. A enfermagem do futuro é movida a desafios, adversidades e questionamentos. Cuida sem estar “presente” e desperta sentimentos inefáveis quando plenamente executada. A enfermagem do futuro irá reinventar-se, evidenciando ainda mais o que teóricas da enfermagem já vinham defendendo no passado: adaptações, evoluções e promoção da qualidade de vida, sempre com o objetivo voltado ao que nos é mais importante: nosso paciente.
(*) Enfermeiro e professor da UNIFASE
(**)Enfermeira e professora da UNIFASE
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