Dr. Daniel Falconi |
A gente tem um dia ruim e uma das primeiras coisas que vêm à mente é assaltar a geladeira em busca de alimentos recheados de açúcar ou gordura! Ninguém procura um prato de salada depois de perder o emprego, terminar com o namorado ou a namorada. Essa relação entre a busca por alimentos e alterações emocionais tem nome e sobrenome: “fome emocional”. E, segundo o médico Daniel Falcone, especializado em nutrologia, ela é uma das principais barreiras que impedem as pessoas de focar em uma vida mais equilibrada e, consequentemente, é um baita empecilho para aqueles que buscam o emagrecimento.
Segundo Falcone, o ser humano procura recompensa em basicamente cinco diferentes meios: além do paladar, tem também o sono, a realização pessoal, o ócio e o prazer sexual. “Mas a comida é, de todos, o mais imediato de se alcançar. Acreditamos na percepção daquilo que chamamos fome, mas que é, na verdade, um anseio por satisfação. Emoções produzidas por estresse provocam um gatilho de retribuição ou recompensa”, explica.
Mas nem tudo está perdido, essa não precisa ser uma condição permanente, de acordo com o médico. Saber distinguir a fome real da vontade de comer por recompensa pode ser a chave para um dia a dia mais saudável. “Conheça as suas emoções e lide com elas, conheça o seu padrão de comportamento quando tal emoção aflora, mude as rotas antes que o comportamento assuma o modo automático, levando-o à sabotar sua dieta, crie hábitos compensadores (hábitos que vão contrabalancear as escapadas), por exemplo: atividade física regular contrabalanceando o chocolate almejado na fase de uma TPM”, acrescenta Daniel Falcone.
Vale ressaltar também que em tempos de pandemia por conta da Covid-19, é necessário estar ainda mais atento para não deixar a fome emocional tomar o controle diante dos sentimentos negativos. Além da atividade física, meditação, sono regular, dieta equilibrada, entre outras, são algumas dicas para não deixar a fome emocional atrapalhar a alimentação.
Sobre Daniel Falcone
Daniel Falcone é médico graduado na Faculdade de Medicina de Petrópolis, fez parte do Corpo docente da Faculdade de Medicina de Petrópolis, sendo professor por 10 anos, e é Pós Graduado em Nutrologia pela Associação Brasileira de Nutrologia.
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