Dr. Daniel Przybysz |
Doença atinge a
produção de células saudáveis na medula óssea
O sangue é um tecido vivo que está em todo lugar no corpo humano. Ele é o responsável por transportar oxigênio, nutrientes, hormônios, além de eliminar resíduos tóxicos e auxiliar a defesa do organismo. Estima-se que uma pessoa adulta, tenha em média 5 litros do líquido, que representa cerca de 8% do peso corporal. Neste mês, a campanha Fevereiro Alaranjado, chama a atenção para os cuidados em relação à Leucemia, doença caracterizada pela formação de células sanguíneas doentes, que são capazes de destruir as saudáveis, ocasionando um problema na reprodução e multiplicação das células que se formam na medula.
“A medula óssea é onde a gente consegue encontrar a maior parte de produção de células do nosso corpo. Ela fica na parte interna dos grandes ossos, como fêmur, bacia e assim por diante, sendo responsável pela produção de células tronco, além dos glóbulos brancos e vermelhos. Servem tanto de defesa, quanto são responsáveis pela composição do sistema vermelho, que é responsável por carregar a hemoglobina, faz parte da anemia e assim por diante”, explica o Radio-Oncologista Daniel Przybysz, que é o responsável técnico da Radioserra – Centro Regional de Radioterapia.
A doença é dividida em dois tipos: vermelha e branca. A primeira está associada às mieloides e as brancas, são as linfoides. Ambas podem ser agudas ou crônicas. Segundo o especialista, a grande diferença está no padrão de diagnóstico, de como evoluem e correspondem ao tratamento, além da faixa de idade que ela atinge. No Brasil, o Instituto Nacional do Câncer estimou que para o ano de 2020, poderiam ser diagnosticados novos 10.810 novos casos da doença, atingindo 5.920 homens e 4.890 mulheres e para 2021 a estimativa ainda não saiu.
“As leucemias têm baixa incidência, se comparado a outros cânceres. Existem fatores de risco que aumentam seu desenvolvimento, como a exposição à radiação e deficiência genética. Os sintomas vêm aparecendo e é nas investigações mais aprofundadas que se chega aos indícios. Não há um programa de rastreio para ver se a doença vem para todo mundo, mas no caso das crianças, por exemplo, exames de sangue já mostram que algo está errado. O tabagismo contribui muito para o seu desenvolvimento, já que a fumaça é difundida para a corrente sanguínea e causa suas reações. O cigarro é um componente extremamente inflamatório. Os efeitos genéticos que ele causa no corpo, podem causar defeitos na replicação de células, o que está intimamente ligado à leucemia”, detalha Przybysz.
Com o acúmulo de células defeituosas na medula óssea, prejudicando ou impedindo a produção das células sanguíneas normais, podem ocorrer sintomas como anemia, que trazem consigo fadiga, falta de ar, palpitação e dor de cabeça, além da baixa da imunidade, deixando o organismo mais sujeito a infecções muitas vezes graves ou recorrentes. Podem ocorrer também sangramentos, sendo os mais comuns das gengivas e pelo nariz, assim como manchas e pontos roxos na pele.
“É importante estar atento a esses sinais. Um simples exame de sangue pode mostrar que algo não vai bem. Em caso positivo, o hemograma estará alterado, mostrando na maioria das vezes um aumento do número de leucócitos, associado ou não à diminuição das hemácias e plaquetas. A detecção pode ser feita por meio da investigação com exames clínicos, laboratoriais ou radiológicos, de pessoas com sinais e sintomas sugestivos da doença, ou com o uso de exames periódicos em pessoas sem sinais ou sintomas, mas pertencentes a grupos com maior chance de ter a doença. Importante observar indícios como palidez, cansaço e febre, aumento de gânglios, infecções persistentes ou recorrentes, hematomas e sangramentos inexplicáveis, além do aumento do baço e do fígado”, salientou o médico.
Os tratamentos podem ser variados e dependem da complexidade de cada caso. Uma das alternativas mais eficazes é o transplante de medula, que proporciona melhorias significativas. Procedimentos associados como a quimioterapia e radioterapia, também são usados, para proporcionar uma nova vida para o paciente.
Em Petrópolis o tratamento em Radioterapia pode ser realizado na Radioserra, que possui 02 aceleradores lineares e tecnologia de ponta, equipe multidisciplinar de alta qualidade com Radio-Oncologistas, Físicos Médicos, Dosimetristas, Enfermeiros Oncológicos e Técnicos qualificados para atendimento, proporcionando melhor tratamento e qualidade de vida ao paciente, antes, durante e após o tratamento.
“O transplante é um procedimento complexo, que envolve internação, mas é muito importante que tenhamos mais doadores comprometidos em abraçar a causa. O Brasil é uma referência no cadastro desses voluntários. É muito rápido para fazer: apenas uma gota de sangue e você já pode ser incluído nessa rede que rastreia os pacientes e pessoas aptas a disponibilizarem a medula para que outro tenha um recomeço”, pontua Daniel.
Mais informações sobre o assunto podem ser obtidas na Radioserra – Centro Regional de Radioterapia que fica localizada à Rua Dr. Sá Earp, 309 – Parte (25625-073) Morin – Petrópolis/ RJ e mais informações podem ser obtidas através dos telefones (24) 2246-1724 e (24) 2237-5742, no site www.radioserra.com, Facebook: @radioserraradioterapia (https://www.facebook.com/radioserraradioterapia) e Instagram @radioserraradioterapia (https://www.instagram.com/radioserraradioterapia/).
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