O
período das altas temperaturas está aí, com dias ensolarados e propícios para
aproveitar para curtir piscinas, praias e cachoeiras. Tudo, respeitando os
protocolos de segurança por conta da pandemia do novo coronavírus, que exige
cuidados em relação às aglomerações de pessoas, preservando o distanciamento
social, mesmo em ambientes ao ar livre.
Mas
a saúde dos olhos também merece a devida atenção neste período. Óculos sem a
proteção apropriada contra os raios UVA e UVB, também são um grande vilão
quando o assunto é verão. A oftalmologista Ana Luísa Aleixo dá dicas para
curtir a estação, sem maiores riscos para os olhos.
“Alguns
cuidados são muito importantes na rotina de verão. Ao ir à praia e à piscina, o
uso do filtro solar é essencial, mas é necessário observar a distância de pelo
menos 1 cm da região dos cílios, onde o produto não deve ser utilizado. Outra
dica é não comprar óculos de sol vendidos na praia ou em camelô. As lentes de
má qualidade geralmente não tem bom filtro anti-UV e não protegem como
deveriam. Além disso, lentes com baixa qualidade óptica podem causar
distorções da imagem que, ao longo do dia, geram cansaço e dores oculares e de
cabeça", detalha.
O
cloro usado nas piscinas também pode causar irritação e alergia. A recomendação
é de não abrir os olhos embaixo d'água e caso haja irritação, é útil usar um
lubrificante indicado por um oftalmologista. Em caso de contato com a areia, é
importante lavar com soro ou água filtrada em abundância e não esfregar.
"Os
grãos de areia podem arranhar a córnea e outras estruturas dos olhos
facilitando a contaminação e a conjuntivite. Em caso de sintomas persistentes
procure um oftalmologista. Nunca tente tirar sozinho a areia ou ciscos
manipulando os olhos", alerta a oftalmologista.
Itens
como chapéu e boné devem ser usados para proteger também os olhos. A pele da
pálpebra é extremamente delicada e pode ser suscetível a queimaduras solares e
ao câncer de pele, por isso é fundamental esse cuidado. Já os óculos de sol,
devem ser usados mesmo com o tempo nublado, já que os raios UVA e UVB podem ser
intensos mesmo nesses dias.
"Em
médio e longo prazo a exposição exagerada ao sol pode acelerar o processo de
formação da catarata, favorecer o surgimento de pterígio e aumentar o risco de
degeneração macular. É importante também que nunca se olhe diretamente para o
sol, pois essa prática pode queimar uma zona muito nobre da retina e causar
perda de visão", finaliza a Dra. Ana Luísa Aleixo.
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