Sylvio Costa Filho |
A literatura estará em alta em Petrópolis no próximo fim de
semana: dois livros serão lançados através do edital desenvolvido pela
prefeitura, através do Instituto Municipal de Cultura e Esportes (IMCE),
custeados pelas verbas da Lei Aldir Blanc. No total, foram 301 projetos e 24
espaços culturais contemplados com os recursos federais - o município recebeu
R$ 1.936.795,75 para os incisos II e III da Lei Aldir Blanc.
Neste sábado (20/03), às 20h, quem lança dois livros numa mesma
obra é o ator, diretor, professor, produtor cultural e escritor Sylvio Costa
Filho. O evento on-line será transmitido na conta de Youtube Nilson Tassi, e
contará com a participação de amigos, alunos, parceiros de sonhos e ideais
artísticos.
Outro livro que será lançado neste mesmo dia, contemplado também
no edital, é Miudinha de Medo. A autora Regina Nascimento Resende e os
ilustradores Clara Assis e João Marcos Nascimento, lançam o livro no Duetto’s
Bistrô e Café, localizado nas dependências do Museu Imperial à Rua da
Imperatriz, 220 – Centro – Petrópolis/ RJ, seguindo todos os protocolos
municipais de contenção à Covid – 19.
“Uma quantidade enorme de projetos está sendo disponibilizada no
mês de março, mostrando o sucesso do edital organizado pelo IMCE e que, mais
uma vez, comprova a qualidade incontestável dos profissionais da cultura
petropolitana. Como prefeito interino, sinto enorme orgulho por estarmos
desfrutando dessa programação riquíssima”, destacou o prefeito interino Hingo
Hammes.
Um dos textos de Sylvio Costa Filho, “Olhos Parados” – trata-se de
uma narrativa em forma de novela, contando a história de José Carlos de Brito
Júnior (o Zé cabritinho), desde sua infância no “Morro da Cachaça”, periferia
da cidade onde nasceu, até seu apogeu como senador da república, no qual o povo
depositava as suas esperanças. O personagem cresceu em uma comunidade onde
ainda havia o romantismo dos seresteiros e de personagens excêntricos, com
traços de uma vida rural.
A segunda parte que compõe o livro intitula-se “Azul do Zen” –
Poemas curtos inspirados na estética e na filosofia do Zen Budismo. Trata-se de
uma experiência de meditação e de paz através da palavra poética. Inspirado nas
histórias e preceitos budistas adaptados à forma do poema síntese e dos
haicais.
“Para Petrópolis, é sempre uma comemoração quando um autor
petropolitano lança um livro. Cidade reconhecida internacionalmente no cenário
da Literatura, cada título comprova a nossa vocação no mundo das letras”, disse
Catarina Maul, gerente do Centro de Cultura Raul de Leoni.
Partindo do medo como o bloqueador das ações humanas, a psicóloga
Regina Nascimento Resende, escreveu o livro “Miudinha de Medo”, contemplado no
edital de chamado simplificado inciso III da Lei Aldir Blanc. A obra ainda
resgata e homenageia a figura de um artista brasileiro, que viveu em
Petrópolis, e que ainda passeia por aqui, que alegrou e ainda alegra na Região
dos Lagos, o palhaço Lambança.
Aos 73 anos, Oséas Cardoso, o conhecido Palhaço Lambança, é pai do
ator petropolitano Nathan Cardoso, filho do também artista circense,
“toca-toca” e o mais antigo membro da família, que dedica 200 anos ao picadeiro
no Estado do Rio de Janeiro. O projeto contempla a produção de 500 exemplares
do livro para serem destinados a bibliotecas das redes municipal e estadual do
Rio de Janeiro, bem como parte para o lançamento ao público em geral.
“Com a publicação do livro visamos proteger crianças de manifestar
essa fobia e ajudar a identificar e buscar o tratamento necessário para reverter
às questões associadas”, detalha a psicóloga autora.
No dia 16 de março, através de uma live, o ator, palhaço, diretor
e autor Madson José também lançou seu primeiro livro, ainda fruto do mesmo
edital, A Mulinha Trololó. Outros livros ainda foram contemplados na iniciativa
da Lei Aldir Blanc, mostrando a forte presença da literatura como forma de
eternizar histórias, textos, poesia, vivências e, ainda, deixar legados que
sobrepõem ao tempo.
“Temos uma grande biblioteca à serviço da cidade, que guarda um
verdadeiro tesouro na memória de nossa história. Um privilégio quando somamos
aos nossos milhares de título, autores contemporâneos nascidos em nossa serra”,
completa Leandro Kronemberger, diretor-presidente do IMCE.
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