Nesta segunda-feira (22/03) é comemorado o Dia Mundial da Água. Mais que uma data para lembrar da importância da água para a humanidade, esse dia nos convida a pensar neste bem tão valioso para a agricultura familiar, e por isso a Emater-Rio tem projetos desafiadores que buscam a preservação da água e sua melhor utilização na agricultura.



Um dos desafios da Emater-Rio é o alinhamento do seu planejamento estratégico com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Os ODS foram baseados nos oito Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), que estabeleciam metas para o período entre 2000 e 2015 e obtiveram avanços consideráveis na redução da pobreza global, no acesso à educação e à água potável.



O sexto ODS diz que é responsabilidade de todos assegurar a disponibilidade e gestão sustentável da água e saneamento para todos (ODS 6). Prática comum no trabalho de Ater pública desenvolvido pela Emater-Rio.

 


Através das diversas ações de Ater, somente em 2019, foram realizadas 1.314 ações em geral. Nas relacionadas com projetos de Áreas de Preservação Permanente, tais como, nascentes, áreas de recarga hídrica, matas ciliares e reservas legais, destacam-se as ações realizadas para 673 assistências ao público da agricultura familiar.



Para a Emater-Rio o alinhamento do planejamento da empresa pública com os ODS faz parte da sua missão. “A missão da Emater-Rio é prestar serviços de Ater para agricultores, duas famílias e organizações prioritariamente da agricultura familiar, potencializando processos produtivos, sociais e ambientais de forma sustentável em benefício da sociedade. Neste caso, não se trata de mudar nossas diretrizes, programas e projetos, e sim um alinhamento e valorização da ação extensionista que é desenvolvida pela Emater-Rio em prol do desenvolvimento sustentável”, disse o diretor-presidente Marcelo Costa.



Acordos e parcerias

A Emater-Rio também se destaca na preservação da água por meio dos Acordos de Cooperação Técnica firmados com os comitês de bacia hidrográfica do estado do Rio de Janeiro. Um dos mais relevantes é o projeto “Produtor de água da bacia do rio Guapi-Macacu”.


O projeto tem como objetivo a conservação e a recuperação ambiental da bacia do rio Guapi-Macacu, que é composta pelos rios Guapiaçu e Macacu, principal manancial de abastecimento de água da região Leste da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, abastecendo cerca de 1,7 milhão de habitantes os municípios de Cachoeiras de Macacu, Niterói, São Gonçalo, Itaboraí e Ilha de Paquetá, sendo a terceira bacia de abastecimento do Estado do Rio de Janeiro em contingente populacional.


Busca manter e incrementar os serviços ecossistêmicos na bacia do rio Guapi Macacu através da implantação de um esquema de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) em áreas estratégicas para segurança hídrica, associado uma abordagem que visa promover a sustentabilidade ambiental, social e econômica das propriedades e da participação e do fortalecimento das organizações comunitárias rurais.

Segundo a Gerente de Desenvolvimento Rural Sustentável da Emater-Rio, Patricia Giannini, o projeto visa a recuperação de uma bacia muito importante para o abastecimento. “Trata-se de uma bacia estratégica para ações conservacionistas com foco nos recursos hídricos, levando-se em conta a vocação agropecuária da bacia, a demanda crescente pela água por diversos setores da sociedade e a grande relevância da área para conservação da biodiversidade e para prevenção de inundações”, afirmou.



A coordenação do projeto será realizada pelo INEA, SEAPPA, através da Emater-Rio pela Gerência de Desenvolvimento Rural Sustentável, e CBH BG. A previsão do início dos trabalhos é para o segundo semestre de 2021. O convênio foi assinado em outubro de 2020, e tem o MPRJ como órgão fiscalizador.


Outra parceria onde se valorizam os recursos hídricos, que são usados como norte nas ações de campo, é com o Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio Dois Rios – CBH-R2R. A área selecionada para a intervenção e ações, é uma área de importância hídrica para o abastecimento humano, são áreas de mananciais que são usadas como fonte de abastecimento para as cidades da região. Assim, os produtores familiares são responsáveis por preservar a qualidade e quantidade de água em seu entorno.


Para o representante da Emater-Rio no CBH-R2R, o extensionista rural Gerson Yunes, o acordo vai potencializar o trabalho do Comitê. “O Acordo vigorará por três anos, podendo ser renovado mediante interesse das partes em dar continuidade a parceria. As ações previstas vão fortalecer o trabalho do CBH-R2R no âmbito do Projeto Diagnóstico e Intervenção, visto que a Emater-Rio é um importante parceiro na execução do Projeto, no apoio as etapas de diagnóstico, planejamento das ações nas microbacias, articulação com proprietários rurais, e desenvolvimento de pesquisas”, concluiu.

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