Petrópolis aderiu ao movimento liderado pela Frente Nacional de
Prefeitos para criar um consórcio de municípios para compra direta de vacinas
contra a covid-19. O prefeito Hingo Hammes assinou a manifestação de interesse
nesta segunda-feira (01.03), primeiro dia de chamado da FNP. A assinatura do
documento é o primeiro passo para abrir o consórcio público, que pode facilitar
e a reduzir custos não apenas para a aquisição de vacinas para enfrentamento à
pandemia como também para compra de medicamentos; equipamentos e outros insumos
de interesse dos municípios.
O prefeito interino Hingo Hammes, que esteve em Brasília na última
semana e cobrou agilidade na liberação de novas doses, lembrou que o consórcio
vai facilitar o acesso dos municípios à vacina, a custo mais acessível. “A
união dos municípios para a compra direta de vacinas vai agilizar e facilitar o
processo, além de reduzir os custos. Vamos fazer tudo o que estiver ao nosso
alcance para garantir que tenhamos doses de vacina em quantidade suficiente para
imunizar a população”, afirmou, lembrando que, até agora, Petrópolis recebeu
pouco mais de 15 mil doses da vacina, quantidade suficiente para vacinar apenas
metade do público alvo incluído na primeira das quatro fases de vacinação dos
grupos prioritários.
O prazo para manifestação de interesse dos municípios termina na
sexta-feira e a previsão é que a associação seja constituída, legalmente, até
22 de março para que, depois disso, possa atuar na aquisição de imunizantes. A
adesão ao consórcio não gera custos ao município, já que toda a despesa para a
formação legal do consórcio público será paga pela FNP. Somente após a
constituição legal, com a criação de um CNPJ e a escolha de diretoria, o
consórcio estará apto a fazer a compra de vacinas.
“Este é um passo importante, que nos coloca mais próximos de uma
quantidade maior de vacinas para a população. Petrópolis, assim como os demais
municípios, vem enfrentando dificuldades para avançar na campanha de vacinação
em função da pequena quantidade de vacinas enviadas pelo Ministério da Saúde
até agora. Precisávamos de cerca de 30 mil doses para vacinar o público da
primeira fase da campanha, que inclui profissionais da saúde, idosos com mais
de 75 anos, idosos com mais de 60 anos em instituições de longa permanência e
deficientes com mais de 18 anos em residência inclusivas, mas recebemos só
metade disso. É preciso uma distribuição em escala maior, que permita a
vacinação de todos os públicos prioritários”, frisou.
Petrópolis vacina, neste momento, idosos com mais de 85 anos e
profissionais de saúde com mais de 60 anos ou com menos de 60 anos com
comorbidades, que atuam em consultórios, clínicas e laboratórios. Equipes
também trabalham na imunização de idosos acamados ou áreas de coberturas dos
Postos de Saúde da Família.
(Edição: 02/03/2021)