Foto: Henry Kappaun 


A Rua Teresa, um dos maiores e mais importantes polos de moda do estado do Rio de Janeiro, abraçou, mais uma vez, o movimento global Fashion Revolution. Acontecendo em diferentes países, simultaneamente, a ideia é trazer mais consciência aos consumidores de moda sobre os impactos socioambientais do setor, incentivar a transparência do processo de produção, fomentar a sustentabilidade, além de celebrar as pessoas que produzem as roupas.

 

“O processo de fabricação de uma coleção é pensado, no mínimo, um ano antes das peças chegarem às lojas. Pesquisar tendências, tecidos e principalmente entender o contexto global e regional do seu nicho de mercado são etapas importantes para se definir o tema e executar o trabalho. As questões sociais e ambientais influenciam diretamente no que você vai consumir nas lojas. E ser transparente nesse processo nos aproxima dos clientes e reforça o quanto o comércio local tem representatividade. Participar mais um ano desse movimento mostra a preocupação das marcas da Rua Teresa em reavaliar processos para causar o menor impacto possível no mundo”, afirma Denise Fiorini, presidente da Associação da Rua Teresa (ARTE), em Petrópolis.

 

Até sexta-feira (23) a Rua Teresa vai expor, nas redes sociais, uma série de provocações e esclarecimentos sobre os processos envolvidos na fabricação das peças comercializadas na Rua. A exemplo do que aconteceu na edição passada a ARTE decidiu aderir ao movimento pela web, e tudo acontece no perfil do instagram.

 

Promovendo reflexões como “De onde vem minhas roupas?”, “O que é slow fashion e fast fashion?”, expondo o processo produtivo nas confecções e revelando atitudes sustentáveis das marcas, a Rua quer mostrar que a moda é uma importante engrenagem na economia de uma cidade e que o comércio local precisa ser conhecido e valorizado.

 

“Até o ponto em que a roupa está na arara da loja ou disponível no e-commerce existe um longo percurso. Ao mostrarmos quem faz aquela peça, como ela foi pensada e confeccionada, aproximamos esse cliente da cadeia produtiva daquela marca. Isso humaniza o processo e revela o quanto é importante priorizarmos e valorizarmos o comércio local. São muitas pessoas que dependem desse mercado. Sabendo de todo esse caminho, entendemos o quanto de carinho e dedicação foram empenhados em cada etapa”, revela Nathalia Neumann Duriez Mendes, empresária da Rua Teresa e responsável pela comunicação institucional da ARTE.

 

Para acompanhar todas as ações que a Rua Teresa está promovendo durante a semana Fashion Revolution (19 a 13 de abril de 2021).



Como nasceu o Fashion Revolution?

 

O movimento foi criado após um conselho global de profissionais da moda se sensibilizar com o desabamento do edifício Rana Plaza em Bangladesh, que causou a morte de 1.134 trabalhadores da indústria de confecção e deixou mais de 2.500 feridos. A tragédia aconteceu no dia 24 de abril de 2013, e as vítimas trabalhavam para marcas globais, em condições análogas à escravidão.


Realizado inicialmente no dia 24 de abril, o Fashion Revolution Day ganhou força e hoje tornou-se a Semana Fashion Revolution, que conta com atividades promovidas por núcleos voluntários, em mais de 100 países.



 

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