A
Câmara Municipal voltou a discutir, nesta semana, a respeito da transparência
no processo de vacinação contra a Covid-19 em Petrópolis. Na pauta de votação
estava um veto parcial encaminhado pelo Executivo Municipal a um projeto de lei
já aprovado pela Casa, que estabelece a obrigatoriedade da visibilidade do
processo de vacinação no município. Os vereadores mantiveram o veto, que agora
segue para sanção.
O projeto em questão é de
autoria do vereador Eduardo do Blog (REP) e é baseado no Manual de Normas e
Procedimentos para Vacinação do Ministério da Saúde, o qual cria um protocolo
de vacinação a ser seguido pelos técnicos que estão trabalhando na linha de
frente da campanha.
De acordo com a lei,
primeiramente, deve ser apresentada a ampola de vacina com o líquido a ser
aplicado. Depois, o técnico deve apresentar a seringa descartável preenchida
pelo medicamento para o paciente ou tutor que o acompanha e, finalmente, deverá
apresentar a seringa vazia, comprovando a aplicação. Quando solicitada, a
equipe deverá também apresentar o número do lote, a data de validade e o
laboratório que produziu a vacina.
O veto apenas retira do texto a
obrigação de se jogar fora o recipiente que contém a vacina, pois a prefeitura
trabalha com ampolas multidoses, de dez doses em cada frasco, inviabilizando o
descarte imediato. “É uma lei que traz mais transparência ao processo de
vacinação e vai ajudar a população petropolitana a ter seus direitos
garantidos”, comemora Eduardo.
O contexto da criação do
projeto se deu há dois meses, quando em 12 de fevereiro, a comunidade
petropolitana foi surpreendida com a notícia de que uma idosa recebeu a
aplicação da vacina contra o coronavírus de uma seringa vazia, ou seja, sem o
medicamento. “Acredito que esse fato obscureceu o processo de vacinação na
cidade de Petrópolis e deixou em pânico a população em um momento de fragilidade,
por estar enfrentando uma pandemia sanitária de proporções mundiais”, finaliza.
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