Quatro regiões mantêm risco alto de contrair a doença (bandeira vermelha)
A 29ª edição do Mapa de Risco da Covid-19, divulgada nesta sexta-feira pela
Secretaria de Estado de Saúde, mostra que o Estado do Rio de Janeiro está
com bandeira laranja (risco moderado de contrair a doença), mantendo o mesmo
cenário epidemiológico da semana passada. As regiões Metropolitana I, Baía da
Ilha Grande, Serrana e Noroeste permanecem com bandeira vermelha. Centro-Sul,
Metropolitana II, Litorânea, Norte e Médio Paraíba seguem na laranja. A análise
compara a semana epidemiológica 16 (18 a 24 de abril) com a 14 (4 a 10 de
abril) de 2021.
Cada bandeira representa um nível de risco e um conjunto de recomendações de
isolamento social, que variam entre as cores roxa (risco muito alto), vermelha
(risco alto), laranja (risco moderado), amarela (risco baixo) e verde (risco
muito baixo).
O Estado do Rio de Janeiro apresentou uma redução de 31% no número de óbitos e
as internações por síndrome respiratória aguda grave (SRAG) caíram 32% na
comparação entre as semanas epidemiológicas analisadas. As taxas de ocupação de
leitos no estado, nesta sexta-feira (07), são 85,6% para leitos de UTI e 61%
para leitos de enfermaria.
Os resultados apurados para os indicadores apresentados devem auxiliar a tomada
de decisão, além de informar a necessidade de adoção de medidas restritivas,
conforme o nível de risco de cada região.
Nova variante do vírus no Rio
O estudo que investiga as modificações sofridas pelo SARS-CoV-2 confirma que há uma nova variante do vírus da Covid-19 em circulação no Estado do Rio de Janeiro. A cepa recebeu o nome de P.1.2, por se tratar de uma mutação ocorrida na linhagem P1, que permanece em maior frequência (91,49%).
A P.1.2 foi identificada em 5,85% das 376 amostras submetidas à segunda etapa do sequenciamento realizado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) em parceria com o Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), do Laboratório de Virologia Molecular da UFRJ, do Laboratório Central de Saúde Pública Noel Nutels (Lacen), da Fiocruz e da Secretaria Municipal de Saúde do Rio.
Também foram identificadas, em menores proporções, as linhagens B.1.1.7 (2,13%) e P2 (0,53%). Até o momento, não se pode avaliar se a nova variante é mais transmissível e/ou letal. Nesta etapa, foram investigadas 376 amostras, de 57 municípios, selecionadas a partir de genomas enviados ao Lacen/RJ, entre os dias 24 de março e 16 de abril.
A ação é financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), com recurso de R$1,2 milhão.
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