Emily Oliveira, gestante e operadora de telemarketing |
Há anos, as mulheres lutam para conquistar espaço no mercado de trabalho. Cada vez mais, o público feminino está compondo equipes estratégicas, chegando a ocupar altos cargos em empresas e corporações, o que é considerado um grande avanço na história. No entanto, quando o assunto é conciliar a carreira profissional e a maternidade, muitos desafios ainda precisam ser enfrentados, especialmente, neste período de pandemia.
“Por incrível que pareça, este momento de home office está exigindo ainda mais das mulheres enquanto profissionais e mães. A palavra chave para conciliar a vida maternal com a carreira é o planejamento. Sair da zona de conforto gera insegurança. Muitas mulheres estão se cobrando demais e se sentem sobrecarregadas. Ficam se questionando se são boas mães por terem que se dedicar ao trabalho, ainda que as crianças estejam demandando atenção em casa. Por isso, é importante destacar que a quantidade de tempo não é tão importante quanto a qualidade desse tempo que será destinado a estar com os filhos”, explica AlessaMédes, psicóloga e mentora Master Thinkers, especialista em inteligência emocional.
O estudo Estatísticas de Gênero, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em março deste ano, revela que apenas 54,6% das mães brasileiras, de 25 a 49 anos, que têm crianças de até três anos de idade estão empregadas.
“Infelizmente, ainda existem lugares que criam dificuldades, pois encaram o fato de a mulher ser mãe como um problema para a empresa. Por outro lado, há grupos empresariais, como a BR WORLD, em que a mulher é valorizada e o fato de ser mãe é avaliado como uma fase normal na vida dessa pessoa. Cerca de 70% do nosso corpo empresarial é formado pelo público feminino e a direção é a primeira a fazer esse acolhimento humanizado, pois faz parte da cultura da empresa. O fato de ter apoio e o respaldo de estar trabalhando em lugar que compreende as fragilidades e as necessidades inerentes ao processo maternal é algo essencial para garantir segurança à mulher”, frisa Luciana Costa, consultora de Recursos Humanos da BR WORLD.
Os motivospara grande parte das mulheres não retornarem ao mercado de trabalho após o período da licença maternidade vão desde demissão e falta de vagas em creches, até a renda ser insuficiente para contratar uma pessoa para cuidar dos filhos ou mesmo opção pessoal de querer acompanhar o desenvolvimento da criança. No entanto, as que desejam retornar ao mercado de trabalho precisam contar com uma rede de apoio.
“A minha experiência nesse momento de gestação está sendo envolvida por muitos
sentimentos e algumas novidades. Separar a questão da maternidade com o
trabalho, neste momento em que estou muito sensível, é um desafio. No
telemarketing, eu lido diretamente com o público, o que nem sempre é fácil,
pois as pessoas apresentam muitas variações de humor. Neste período, eu tenho
recebido o suporte do RH para saber como lidar melhor com as situações.
Confesso que a minha maior preocupação é o retorno ao trabalho após a licença
maternidade, pois vou ficar preocupada com o bem-estar do bebê, apesar de já
contar com uma rede de apoio. A questão será gerenciar o meu desapego, com a
saudade que vou sentir”, comenta Emily Oliveira, operadora de telemarketing.
A grande pergunta: como equilibrar maternidade e carreira? foi tema de uma live especial no Instagram em homenagem ao Dia das Mães, realizada pela BR WORLD, empresa especialista em crédito consignado e pessoal. No bate-papo, as profissionais, que também são mães, abordam como o olhar mais humanizado das empresas em relação ao processo maternal e profissional faz toda a diferença no desenvolvimento de suas carreiras. Apesar dos constantes desafios apresentados pela maternidade, as profissionais frisam que as mulheres podem sim assumir o protagonismo no mercado de trabalho.
Vanessa Braga, supervisora da Mesa de Crédito da BR WORLD |
“Habitualmente, o meu dia já é muito corrido. Eu tenho dois filhos, de 04 e 10 anos. Trabalhar em home office e ter que auxiliar as crianças, que estão estudando remotamente, me exigiu ainda mais planejamento. Eu percebo que é um momento também na formação dos meus filhos, para que percebam como é a responsabilidade de um adulto diante das demandas que precisa entregar. Acho muito importante eles terem esse meu exemplo de comprometimento não apenas com a nossa família, mas também com o meu trabalho”, finaliza Vanessa Braga, supervisora da Mesa de Crédito da BR WORLD.
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