Com o objetivo de melhorar a estrutura para atendimento a pessoas
com transtorno do espectro autista em Petrópolis, o prefeito interino Hingo
Hammes vem conversando com representantes de entidades que prestam atendimento
exclusivo a estes pacientes. Na manhã desta terça-feira (11.05), o prefeito
esteva na sede do Gaape - entidade que presta assistência a pessoas com
transtorno do espectro autista há 20 anos na cidade. A entidade conta com 25
funcionários e atende hoje 155 autistas. O prefeito, que estava acompanhado
pelo presidente da Câmara de Vereadores, Fred Procópio, foi recebido pela
fundadora do Gaape, Márcia Loureiro e pelo presidente da entidade, Victor
Andres Escobar. Durante a reunião foi discutida a possibilidade de criação de
um protocolo para melhorar o processo para diagnóstico e atendimento de pessoas
com transtornos do espectro autista na cidade. Somente a rede municipal de
educação atende 355 crianças com autismo.
“O Gaape presta há anos um serviço importantíssimo para as
famílias com autistas na cidade. Estamos aqui para ouvir as demandas da
entidade e estreitar laços para que possamos desenvolver uma política pública
que possibilite melhorias para o diagnóstico e tratamento dos autistas. Tenho
conversado com o secretário de Saúde, Aloísio Barbosa, sobre formas de
melhorarmos os serviços para autistas na cidade e a parceria com o Gaape é
fundamental neste sentido”, destaca o prefeito interino Hingo Hammes.
O Gaape disponibiliza hoje atendimento com nutricionista,
psicólogo, fonoaudiólogo, fisioterapeuta, pedagoga, psicopedagogo, assistente
social, além de inclusão digital para os pacientes atendidos. A entidade
funciona de segunda a sexta-feira no turno da manhã e as segundas-feiras no
turno da tarde. Durante a pandemia os atendimentos estão sendo realizados de
forma virtual, com atendimento presencial para os casos de emergência.
“Vermos um prefeito com apenas quatro meses à frente do governo
nos procurar interessado na causa Azul, interessado em dialogar e saber mais
sobre o autismo é muito positivo. É muito importante termos um protocolo para
diagnóstico e discutirmos políticas que possam melhorar a qualidade de vida dos
autistas e de suas famílias. É uma semente que está sendo plantada hoje”,
destaca a fundadora do Gaape, Marcia Loureiro, lembrando a importância da
agilidade no diagnóstico para o desenvolvimento da pessoa com transtorno de
espectro autista.
“Este interesse do prefeito na causa e a disposição em criar uma
política pública voltada para os autistas certamente irá ajudar muitas
famílias. É uma iniciativa muito importante”, destaca o presidente do Gaape,
Victor Andres Escobar.
No fim do mês passado o prefeito interino Hingo Hammes e o
secretário de Saúde, Aloiso Barbosa da Silva Filho estiveram na Clínica Escola
do Autista – espaço que concentra diferentes tipos de atendimentos voltados
para pessoas com autismo no município de Itaboraí. A clínica escola tem 30 funcionários - entre
profissionais de saúde e educação. A intenção é viabilizar em Petrópolis um
modelo semelhante, que concentre atendimentos médico, educacional, além de
atividades lúdicas e recreativas para o desenvolvimento de autistas.
“Em Itaboraí fomos recebidos pela idealizadora do projeto,
Berenice Viana, que vem desenvolvendo este trabalho muito interessante, voltado
exclusivamente para os autistas e que tem um olhar diferenciado sobre o assunto
pela vivencia de ter um filho autista. É uma estrutura que ajuda a melhorar a
qualidade de via do autista e também da família, que encontra apoio
especializado, com diferentes atendimentos em um único espaço”, disse o
prefeito interino Hingo Hammes.
A Clínica Escola do Autista, em Itaboraí, atende 162 autistas de
todas as idades. O espaço conta com pedagogas especializadas em autismo,
terapeutas ocupacionais, psicólogas, neuropediatra e arteterapeuta, além de
médicos de clínica geral e neurologia. fisioterapeutas, psicopedagogas,
nutricionistas, fonoaudiólogas e assistentes sociais.
“Estivemos lá para conhecer, pois queremos entender como funciona
o projeto para que possamos avaliar a viabilidade de adotar este modelo, que
oferece um atendimento diferenciado e extremamente importante para o
desenvolvimento dos autistas. Fomos muito bem recebidos pela Berenice Viana,
que tem um filho autista e é coautora da Lei federal 12.764/12, criada para
proteger os direitos dos autistas”, destaca o secretário de Saúde, Aloisio
Barbosa da Silva Filho.
“Percebi com o meu filho que há uma carência de atendimento
específico para os autistas, que são pessoas com características muito
particulares. Aqui concentramos atendimento terapêutico com médico, fisioterapia,
fonoaudiologia, nutricionista, psicopedagogas, sala de recursos para auxiliar
as crianças que estudam na escola regular, enfim, todos os atendimentos em um
único local e de forma individualizada. O objetivo final é dar autonomia ao
autista”, explica Berenice Viana, lembrando que melhoria na qualidade de vida
de um autista começa na alimentação.
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