Vigilância Sanitária orienta sobre falta de segurança que pode levar a morte
O dia a dia de quem atua com a manipulação de alimentos exige cuidados redobrados. Em tempos como os de hoje, no enfrentamento a uma pandemia, as cobranças em relação à segurança alimentar são ainda maiores. Nas fábricas, tudo o que chega na nossa mesa, deve passar por rigorosos protocolos que são exigências da Vigilância Sanitária. Desde os insumos usados, até a produção dos itens, tudo deve ser assegurado, fiscalizado e inspecionado com a maior das minúcias, para que o consumidor final não corra riscos de contaminação ou até de morte.
“Existem algumas legislações da ANVISA que tem como objetivo minimizar os
riscos que podem ser causados aos consumidores. Isso na maioria das vezes
ocorre na fase de processamento desses alimentos. Caso haja contaminação, seja
pelo manipulador ou pelo ambiente, as bactérias existentes acabam causando
doenças que afetam diretamente a qualidade de vida dessas pessoas. Dependendo
da faixa etária e da imunidade podem, inclusive, levar a morte”, explica a
Fiscal da Vigilância Sanitária, Juliana Paulino.
De acordo com o empresário André Maia, da Gelato Imperial, a preocupação com a
segurança alimentar sempre esteve em primeiro lugar. Para garantir os cuidados
em todas as etapas que envolvem o processo de fabricação, ele precisou investir
num manual de boas práticas e num acompanhamento adequado.
“A responsabilidade de fabricar um alimento, sempre esteve muito clara pra
gente. E também o peso de trazer um produto que seja de qualidade, saudável e
seguro. Desde a primeira vistoria quando a vigilância sanitária nos apresentou
as regras até hoje, assumimos como nosso DNA, a busca pela segurança alimentar
e o cuidado em toda a nossa produção”, detalha.
Algumas substâncias usadas no processo exigem boas práticas na fabricação. O
acompanhamento nutricional é um aliado neste trabalho e pode agregar muito na
qualidade final. “Produtos que são feitos a base de leite, devem ter cuidados
intensos no processamento, pasteurização, processo de envase e embalagem, até
na conservação para chegar ao consumidor”, explica a nutricionista Ângela
Baptista.
“Todos os setores devem ser acompanhados e os funcionários devem também receber
constantemente essa orientação de como manipular os alimentos. Desde onde é
executada a produção até os estoques, tudo deve passar por um rigoroso processo
de fiscalização e inspeção, para que o item final não perca a qualidade
oferecida pelas fábricas”, complementa a nutricionista Aline Wiskutzki.
Segundo a Fiscal da Vigilância Sanitária, a legislação traz algumas dicas que
podem ser facilmente aplicadas no dia a dia das empresas. A partir disso é
possível traçar um checklist, verificando ponto a ponto, o que está correto ou
precisa de melhorias. “A indústria de alimentos segue a legislação 275 de 2002,
que ao seu fim conta com esses campos para monitoramento. Dentre esses
atributos que uma empresa deve ter para atuar nesse segmento, podemos dizer que
alguns deles são a necessidade de um responsável técnico, um manual de boas
práticas, água de qualidade, controle de pragas e roedores, dentre outros”,
pontua Juliana.
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