O presidente do Petrópolis Convention & Visitors Bureau destaca ainda a preocupação com a mobilidade urbana na União Indústria porque se a estrada é fundamental para o turismo ela é crucial para toda a força de trabalho dos distritos onde residem 110 mil pessoas. No trecho executado pelo governo federal, o Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (DNIT) fez algumas intervenções nas paradas de ônibus e há projetos para mais modernizações.

 

“O investimento da União e do Estado são acertados para a revitalização de todo o trecho de Petrópolis. Esta intervenção é bem-vinda e importante neste momento de retomada do turismo”, frisa Fabiano Barros lembrando que a cidade é um dos 22 destinos sanitariamente seguros elencados pelo Ministério do Turismo e que vem, neste período, recebendo veranistas e turistas de localidades mais próximas, em viagens de carro, sobretudo do Rio e de Minas.


No passado, vanguarda em engenharia e ‘apenas 12 horas’ de viagem.

 

Marco histórico da engenharia do século XIX, a União e Indústria foi a primeira rodovia macadamizada da América Latina, processo desenvolvido pelo engenheiro escocês John Loudon McAdam, com calçamento de sucessivas camadas de pedras postas numa fundação com valas laterais para drenar água da chuva.


Mariano Procópio Ferreira Lage, engenheiro e comendador, para executar a obra fundou em 1853 a Companhia União e Indústria, em capital aberto, valor de cinco mil contos de réis divididos em 10 mil ações. Elas foram arrematadas em sua maioria pelos ricos plantadores de café, proprietários das fazendas situadas no percurso. O nome União e Indústria fazia referência à união das Províncias de Minas Gerais e do Rio de Janeiro e às indústrias, inclusive a “indústria” do café, que a estrada viesse a estimular.


Autorizadas por Dom Pedro II em 1852, as obras só foram iniciadas em 1856, após diversas mudanças no projeto original e inauguradas cinco anos depois. Na época as diligências, com capacidade para 14 passageiros cumpriam o percurso em ‘apenas 12 horas’, em uma velocidade de 16,3 km/h um marco só alcançado com a modernização da via. Elas saiam, em vários horários, a partir das 6h, simultaneamente de Petrópolis e de Juiz de Fora e se cruzavam no caminho.  As diligências eram puxadas por quatro mulas que eram trocadas em ‘estações’ a cada 12 quilômetros.  A Companhia União e Indústria também efetuava o transporte de carga, principalmente de café, em carroças com capacidade para três mil quilos, de acordo com relatos de historiadores como Ângela Zanei e Pedro Vasquez.


No presente, quase 40 quilômetros em recuperação e uso de engenharia moderna


No total, são 38,9 quilômetros entre o bairro Retiro e o distrito da Posse que estão sendo reformados, custo de R$ 61 milhões, no trecho de Petrópolis.  O Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (DNIT) subordinado ao Ministério da Infraestrutura é responsável por 24,4 quilômetros de via, do Retiro até Pedro do Rio e está aplicando R$ 40 milhões na recuperação da pavimentação e ações de drenagem na rodovia.


Já o Departamento de Estradas de Rodagem (DER-RJ) órgão do governo do estado, realiza simultaneamente, o trecho de 14,4 quilômetros entre Pedro do Rio e Posse, investimento de R$ 21,7 milhões também com recuperação asfáltica e sinalização entre outras intervenções.


Mais de 300 operários atuam nas duas frentes de trabalho com previsão de estarem concluídas no final do ano.


Em todo o trecho de Petrópolis circulam por dia média de 25 mil veículos. A estrada é usada para o escoamento de produção rural de várias localidades principalmente Brejal e Bonfim e usada para acessar cidades como São José do Vale do Rio Preto, Areal e Três Rios, além de ser trecho obrigatório para a BR-495 que liga Petrópolis a Teresópolis e a Nova Friburgo.

 

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