“Tecnologias Sociais: entrelaçando possibilidades” é o tema central da 27ª edição do maior evento científico do Centro Universitário Arthur Sá Earp Neto/Faculdade de Medicina de Petrópolis (UNIFASE/FMP), que será promovido nos próximos dias 06, 07, 08 e 09 de outubro. Esse ano, a Semana Científica será on-line e gratuita. A programação completa do evento e as inscrições estão disponíveis no site: www.unifase-rj.edu.br.
“Cada vez mais é necessário um compromisso global com o desenvolvimento sustentável. Para isso, é preciso promover a transversalidade entre ciências e tecnologias para reduzir desigualdades e erradicar a pobreza, garantir segurança alimentar e padrões sustentáveis de produção e de consumo, proteger os ecossistemas terrestres e o crescimento econômico inclusivo. Nesse sentido, através de processos colaborativos que integram saberes e organizações, tem-se desenvolvido um conjunto de tecnologias voltadas para a solução de problemas sociais, as tecnologias sociais, tema da nossa Semana Científica”, explica Maria Regina Bortolini, Antropóloga, professora e integrante da Comissão Científica da 27ª Semana Científica da UNIFASE/FMP.
A Semana Científica da UNIFASE/FMP dialoga com a construção do conhecimento coletivo, sempre visando o bem comum. Há anos, o evento tem a programação alinhada à Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, o que permite uma interlocução entre as instituições de ensino e pesquisa do país. Neste contexto, estar em consonância com o que é discutido em âmbito nacional, amplia os debates e a construção coletiva, com foco nos mecanismos para a promoção de uma sociedade mais justa.
“Estamos aproveitando a temática para criar um diálogo mais íntimo entre os três pilares da Universidade (pesquisa, ensino e extensão), fazendo também com que a sociedade esteja mais perto de nós. No mais, a Semana Científica se destaca como ferramenta para a divulgação do conhecimento científico, inclusive das produções feitas na própria UNIFASE/FMP”, destaca Gabriel Martins, professor e membro da Comissão Científica da 27ª Semana Científica da UNIFASE/FMP.
No imaginário coletivo, a tecnologia está associada a algo necessariamente sofisticado, fruto do avanço da ciência e do próprio capitalismo contemporâneo. No entanto, quando o assunto é relacionado às tecnologias sociais, é preciso entender que elas fazem parte de uma outra ordem de tecnologias, pois a perspectiva não é a da produção e consumo, mas a do bem-estar coletivo.
“A criação das tecnologias sociais não é fruto de interesses de mercado, mas é mobilizada por valores sociais como diversidade, equidade, justiça social, sustentabilidade econômica e ambiental. Numa perspectiva inclusiva, valoriza as necessidades, desejos, interesses e saberes daqueles imediatamente afetados pelo problema. E a partir de processos colaborativos, participativos, põe em diálogo o ‘saber científico’ e os ‘saberes tradicionais, étnicos, populares e/ou locais’ na criação de produtos e/ou metodologias inovadoras”, conclui a antropóloga, Maria Regina Bortolini.
Sempre atenta às necessidades da população, especialmente em relação ao acesso à saúde pública de qualidade, a UNIFASE/FMP mantém estreita relação com o SUS e contribui com a promoção do bem-estar da população de Petrópolis. Este ano, a Semana Científica da instituição vai promover debates significativos em relação aos benefícios das tecnologias sociais no enfrentamento aos graves problemas que vivemos no Brasil, como insegurança alimentar e pobreza.
“Nos últimos anos, o Brasil passa por uma grave crise econômica, social e, mais recentemente, sanitária. Como vai ser o Brasil depois da pandemia? Como reestruturar o país no meio de tantas adversidades? As Tecnologias Sociais tentam trazer soluções para esses processos. No entanto, se há um tema prioritário a ser discutido na nossa Semana Científica, esse tema é a fome. Teremos uma mesa redonda para discussão sobre a insegurança alimentar e a pobreza no atual cenário nacional. Não podemos negligenciar a urgência desse tema. Tenho certeza de que o debate trará ideias e irá incentivar o público da universidade a construir ações que colaborem com a redução da fome, pelo menos na nossa região”, finaliza o professor Gabriel Martins.
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