Ana Luiza Franco


A Prefeitura, por meio do Centro de Referência em Atendimento à Mulher - CRAM está lançando duas importantes cartilhas para orientação e conscientização de homens e mulheres sobre violência doméstica. O material começará a ser distribuído a partir do próximo dia 25, durante a programação dos 16 Dias de Ativismo Contra a Violência de Gênero. 

 

 “Com a Lei Maria da Penha e todos os projetos desenvolvidos para as mulheres, percebemos que além de oferecer proteção às vítimas, também é necessário um trabalho preventivo junto ao público masculino. Mostrar, de forma bem didática e clara todos os tipos de violência, que nem sempre é a física”, explica o prefeito Hingo Hammes.

 

Para a coordenadora do Centro de Referência em Atendimento à Mulher – CRAM, Ana Luiza Franco, o machismo está enraizado na cultura contemporânea, mas há formas de transformar essa realidade. Além da distribuição das cartilhas, a ideia é promover debates e rodas de conversa ainda aproveitando as ações do Novembro Azul.

 

No caso da cartilha do homem, ela é destinada a todos que conhecem alguém ou que de alguma forma se envolveram em uma situação de violência doméstica ou intrafamiliar e, também, para os que não entendem a violência em todas as suas formas. “Precisamos trazer os homens para a conversa, não para reduzir sua responsabilidade, mas porque eles precisam fazer parte e podem ser agentes transformadores. Estamos focando na prevenção”, afirma Ana Luiza.

 

Já a Cartilha do Cram é destinada, especificamente, ao público feminino. Isso porque, as equipes do equipamento já perceberam que a maioria das mulheres vítimas não sabem que estão sofrendo violência, por deduzirem que somente existe na forma física. “Elas só conseguem identificar depois de explicarmos cada um dos tipos de agressões. Essa cartilha vai garantir que elas tenham esse conhecimento. Entendemos que não adianta ter leis e equipamentos se não há informação. As mulheres precisam saber quem procurar, ter os telefones necessários e entenderem quando estão vivenciando uma relação abusiva”, frisa a coordenadora do CRAM.

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