Medida é alternativa para remoção das pedras, que em algumas localidades seria um processo de maior complexidade
A rocha da 24 de Maio, na Rua Teresa, com cerca de 6 mil toneladas, em um tamanho aproximado de 2 mil metros cúbicos, agora tem monitoramento. Na última quinta-feira (17), a Prefeitura recebeu equipes de empresa especializada que estruturou sensor, específico para registrar qualquer movimentação da pedra - que após a última chuva de fevereiro - passou a ser uma preocupação na localidade. A instalação do aparelho foi uma solução imediata, para fortalecer a segurança na região, tendo em vista que a retirada da rocha de grande porte é uma ação de alta complexidade. O acompanhamento dos registros do sensor, está sendo feito pelas equipes no Centro Integrado de Monitoramento e Operações de Petrópolis (CIMOP), que funciona na sede da Defesa Civil.
“Esse é um importante passo para garantir a segurança e tranquilidade da população. Essa foi uma alternativa rápida para que consigamos atuar de forma imediata ao sinal de qualquer instabilidade”, destacou o prefeito Rubens Bomtempo.
A equipe da Defesa Civil acompanhou os técnicos durante a instalação e já faz o monitoramento sensor, que funciona 24 horas. A pedra de maior porte faz parte de um complexo rochoso que pode somar 17 mil toneladas e que agora passa a ser controlada pelas equipes da Defesa Civil. De acordo com a empresa especializada, o emissor capta inclinações a partir de 5 graus de movimentação. Para isso é utilizado um aparelho que conta com um sensor de movimento com acelerômetro, microcontroladores e softwares no próprio equipamento que enviam sinais para o aparelho receptor.
"O sistema consiste em um emissor e um receptor, cujo objetivo é monitorar 24h qualquer tipo de movimento na pedra", afirma o gestor da empresa idealizadora Ineeds, Luis Sourient, que explica ainda que o aparelho funciona com bateria recarregável por energia solar. “O receptor recebe as informações em tempo real sobre movimentações ao longo do dia, e envia informações caso haja qualquer problema no emissor”, completa.
Com essa configuração, as equipes da Defesa Civil conseguem identificar qualquer anormalidade no funcionamento do aparelho. A proposta é que o serviço seja ainda mais aprimorado, com a criação de um dashboard para a geração de relatórios diários. “Esse é um projeto piloto, para o qual já constatamos o funcionamento. A proposta é monitorar todos os blocos rochosos que possam oferecer algum risco na cidade e vamos conseguir assim, atuar de forma preventiva ao sinal de qualquer anormalidade nas localidades”, ressalta o secretário de Defesa Civil, o tenente Coronel Gil Kempers.
A partir do funcionamento do primeiro sensor instalado na pedra da 24 de Maio, a proposta é seguir com o projeto para rochas que existem ainda no Caxambu, Floresta, Vila Felipe e Morro da Oficina. Além de monitorar o movimento de rocha, a proposta é instalar sensores que irão ajudar a identificar o movimento de massa para o caso de deslizamentos.
Desmontes de rochas continuam sendo feitos em diferentes localidades
As equipes da Defesa Civil seguem no acompanhamento dos técnicos especializados no desmonte de rochas pelas áreas afetadas na cidade. Ao longo da semana foi feita a detonação de cerca de 90 toneladas de rocha na Servidão Francisco Carauta de Souza e na rua Barão de Águas Claras, no Caxambu; na Rua Napoleão Esteves, na Saldanha Marinho; no Morro da Oficina, no Alto da Serra; na Rua Jacinto Rabelo, no Vila Felipe; e Rua Primeiro de Maio.
A detonação das rochas é feita a partir de uma técnica de baixo impacto, que usa uma corrente elétrica de baixa voltagem, que provoca a queima do produto a partir de uma reação exotérmica. A técnica utilizada não causa vibrações e é considerada de maior segurança para ser aplicada em locais habitados, tendo em vista que não provoca lançamento de fragmentos.
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