Paciente estava internada no Hospital Santa Teresa


Hospital não registra internações de pacientes com diagnóstico confirmado desde março

 

Foram 54 dias de internação, um dia para cada ano vivido. Deste total, a dona de casa Evarista de Souza esteve 40 dias na UTI do Hospital Santa Teresa, em Petrópolis. Ainda com a voz embargada pela emoção de poder voltar para casa, ela se diz vitoriosa: “Foi muito difícil, mas poder voltar não tem preço. Foi uma vitória e uma oportunidade ter uma segunda chance de viver”, comemorou ao receber alta na manhã desta terça-feira (19), ao lado do marido e de parte da equipe que cuidou dela durante quase dois meses.

 

Evarista foi a última paciente dos 1.408 que se recuperaram no Hospital Santa Teresa desde o início da pandemia. O Hospital recebeu o primeiro paciente com Covid-19 em fevereiro de 2020. Sem novas internações com diagnóstico confirmado desde março, o diretor executivo do Hospital Santa Teresa, o médico Leonardo Menezes avalia a atuação da instituição ao longo destes mais de dois anos de enfrentamento à Pandemia como um grande aprendizado: “Recebemos os primeiros pacientes da região quando pouca ou nenhuma informação existia a respeito do novo coronavírus. Nossas equipes se desdobraram em dedicação para salvar vidas. Foi um período de muito aprendizado, em que amadurecemos, revemos muitos protocolos e conquistamos avanços importantes para a segurança dos pacientes”, comentou, lembrando que na última segunda-feira, dia 18 de abril, o hospital recebeu o Selo – inédito na região - do Conselho Federal de Enfermagem, em reconhecimento à qualidade dos serviços prestados na Instituição.

 

A paciente Evarista chegou ao HST com muita falta de ar e 75% do pulmão comprometido. Foi direcionada imediatamente à UTI e entubada dois dias depois. “Estou muito emocionada. Se não fosse minha família, o hospital e toda a equipe não sei o que teria acontecido. Quando você entra no hospital, como eu entrei, você perde a noção do que está acontecendo. Foi horrível acordar disso tudo. Parece que roubaram a sua vida e agora estou ganhando-a de volta”, contou a paciente que estava ansiosa por rever a filha, o neto e sua cachorrinha Yorkshire, chamada Mel.

 

Ao lado de Evarista, esteve seu marido, José Joaquim, incansável e confiante. “Não foi fácil. Precisei me desdobrar, mas nunca perdi a esperança. Sempre soube que ela sairia do hospital. Agora é hora de voltar para casa. Claro que a nossa luta ainda não terminou, mas estamos felizes e com sentimento de dever cumprido”, declarou o marido.

 

 

 

 

 

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