Dr. Daniel Pryzbysz / Foto: Lucas Alberguine



Lei Federal sancionada esta semana institui mês de prevenção



Foi publicada no Diário Oficial da União da última segunda-feira (25), a lei de nº 14.328, que institui o julho como o mês nacional do combate ao câncer de cabeça e pescoço. O objetivo é reforçar a prevenção e incentivar a busca por tratamento precoce, do quinto tipo de câncer que mais acomete os brasileiros, segundo o INCA.



Os tumores nesta região, abrangem a língua, a boca, a laringe, a faringe, os seios paranasais e a cavidade nasal, as glândulas salivares, os ossos da face, a pele e a tireoide. Na maior parte das vezes, a doença se manifesta de forma silenciosa e os casos são descobertos em estágio avançado, dificultando o tratamento.



Segundo os especialistas o acompanhamento com o odontologista e otorrino, além do monitoramento de nódulos e caroços na língua ou boca, podem auxiliar muito na diminuição dos registros de câncer.



“A doença pode se manifestar de várias formas e na maior parte dos casos, está relacionada ao uso do álcool e do tabaco, o que acaba inclusive agravando o estado de saúde dos pacientes e em muitas situações, impedem que as cirurgias sejam realizadas, restando apenas a quimio e radioterapia como tratamentos. Os estudos mostram que o abandono do uso do cigarro e seus derivados têm grande impacto nesse desenvolvimento e como fica a sobrevida diante disso”, explica o Radio oncologista, Daniel Pryzbysz.



Em Petrópolis, os dados apontam um movimento crescente nos últimos três anos. Em 2019 foram 166 casos diagnosticados e tratados no Centro Regional de Radioterapia, que atende pacientes de toda a Região Serrana, Sul e Baixada Fluminense. Os números se mantiveram em alta no ano seguinte, com 251 registros e mesmo diante da pandemia, com o abandono de muitos tratamentos, foram 206 pessoas submetidas às sessões de radiação.



“Nestes casos as sessões duram, em média, 30 dias com o uso de mais ou menos quinze minutos de radioterapia. Sempre poupando os órgãos que ficam nestas áreas, que são muitos e precisam ser protegidos. O tratamento é feito de forma localizada e pode ser, inclusive, curativo. Nos últimos anos, as novas técnicas de IMRT – Radioterapia de intensidade modulada, ajudaram muito na redução dos efeitos colaterais, como a esofagite, inflamação das mucosas e problemas de salivação”, detalha o Dr. Daniel, que também é o diretor técnico da RadioSerra.

 

 

 

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