Dr. Miguel Koury Filho explica que, por se tratar de um exame invasivo, a endoscopia carrega consigo alguns riscos

 

No último dia 15 de março, uma mulher sofreu um grave acidente de trânsito na Rodovia Rio-Santos, na altura de Bertioga, litoral de São Paulo. Após o acidente, ela relatou aos policiais que ficou inconsciente enquanto dirigia de volta para casa, depois de realizar um exame de endoscopia.

 

A endoscopia é um exame invasivo que envolve a passagem de um aparelho flexível pela garganta, esôfago, estômago e duodeno do paciente. Por isso, sempre há risco de sangramento ou lesão dessas regiões. Esse risco é extremamente baixo, mas deve ser considerado pelo médico. A maioria das pessoas faz o exame sob sedação consciente, ou seja, uma sedação leve que permite que o paciente fique confortável, mas sem dormir completamente.

 

O exame é indicado em casos de sintomas digestivos altos como dor no estômago, dificuldade de engolir e azia e pode ser importante para pesquisa de outros quadros como anemia e emagrecimento. A biópsia é realizada na maioria dos exames para a pesquisa da existência da Helicobacter pylori, uma bactéria que pode causar gastrite. Outras alterações, como lesões suspeitas ou pré-cancerosas também podem indicar a realização de biópsias.

 

O Endoscopista da UnimedPetrópolis, Miguel Koury Filho, faz um alerta para os cuidados pré e pós exame.

 

“A endoscopia deve ser realizada com jejum de 8 horas para alimentos sólidos e 3 horas para água. Como o exame é feito sob sedação, a existência de qualquer conteúdo dentro do estômago durante a realização do mesmo, aumenta o risco de broncoaspiração, ou seja, que parte do conteúdo atinja as vias aéreas e o pulmão, gerando risco até mesmo fatal.” Explica o Dr. Miguel.

 

Ele também enfatiza que não é recomendado realizar o exame sozinho e que, por conta da sedação, o paciente pode apresentar sinais de confusão mental.

 

“Todo paciente deve estar acompanhado para a realização do exame. As medicações utilizadas para a sedação têm efeito residual longo. Portanto, mesmo que a pessoa pense que está bem ao final do exame, o risco de esquecimento, confusão mental e diminuição dos reflexos é muito grande. Também por isso, a orientação é que o paciente não dirija, não opere máquinas ou tome decisões importantes após a realização do exame.” Finaliza o Dr. Miguel Koury Filho.

 

 

 

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