O câncer de ovário é uma doença silenciosa /Foto ilustrativa


Oncologista reforça ida ao ginecologista

 Consultar uma vez por ano é fundamental para identificar a doença em sua fase inicial

 

Dados do Instituto Nacional do Câncer mostram que o câncer de ovário foi a causa da morte de quase 4 mil mulheres no Brasil em 2020. A doença é a segunda neoplasia ginecológica mais comum nas mulheres e na maioria das vezes é identificada já em estado avançado.

 

No próximo dia 8 de maio é lembrado o Dia Mundial do combate ao câncer de ovário e a oncologista Carla Ismael, do Centro de Terapia Oncológica (CTO) explica sobre algumas das causas da doença e quais são os sintomas que podem sinalizar o câncer de ovário.

 

“Embora este tipo de câncer não seja tão frequente como o de mama e pulmão, por exemplo, ele tem alguns agravantes, como o fato de ser silencioso e, consequentemente, a demora no diagnóstico, uma vez que quando os sintomas aparecem, como dor na pelve ou barriga inchada, ele já está em um estágio avançado”, diz.

 

Dra. Carla Ismael / Foto: divulgação



Entre as causas, ela aponta o fator genético, que representa 25% das chances de uma mulher desenvolver o câncer de ovário e a obesidade, que são as alterações nos genes BRCA1 e BRCA2. Para que a doença seja identificada em sua fase inicial, a médica reforça que a prevenção é fundamental.


“É importante a mulher ir ao ginecologista uma vez por ano, porque além de fazer o exame papa Nicolau, o médico faz o toque e a ultrassom transvaginal, que permite ver como está o ovário por dentro. A ressonância também é um exame importante quando existe dúvida com relação ao ovário”, explica Carla Ismael.

 

Com relação ao tratamento nos casos de câncer de ovário, a oncologista afirma que geralmente opta-se pela cirurgia para retirada do tumor. Esta intervenção, segundo ela, pode ser curativa ou paliativa. “Quando é curativa retiramos tudo e fazemos o acompanhamento da mulher de 6 em 6 meses e depois uma vez por ano. Quando a doença está mais avançada aí optamos pela quimioterapia, radioterapia e imunoterapia. E geralmente conseguimos bons resultados”, conclui Carla.



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