A empresária Simone Amorim uniu esforços para realizar uma importante pesquisa na cidade |
Gisele Oliveira - Especial Petrópolis em Cena
Um amor que não pode ser explicado e que só quem tem um peludinho em casa consegue entender. Cães e gatos são os animais de estimação mais paparicados do Brasil e também em vários outros países do mundo. No entanto, existem muitos animais à espera de uma família. Por isso, a empresária Simone Amorim uniu esforços com um grupo de protetores de animais para realizar uma importante pesquisa em Petrópolis, a fim de mensurar quantos cães e gatos estão disponíveis para adoção ou que precisam de algum tipo de ajuda, especialmente após a tragédia ocorrida no dia 15 de fevereiro deste ano.
“Uma semana após a calamidade provocada pelas chuvas, tive um encontro rápido, mas muito produtivo com o protetor animal João Valois e o cientista Frank Alarcon, que faz parte do Instituto Luísa Mel. O Frank sugeriu que fizéssemos um levantamento sobre quantos animais estão sob algum tipo de proteção, em quais bairros ou regiões, e quantos são esses protetores. Somente assim, poderemos ter uma ideia da real situação da cidade, que antes já era dificílima. Como eu já trabalhei com pesquisa quando morava no Rio, resolvi me envolver com a causa. Aqui em Petrópolis existem muitos protetores ‘invisíveis’, que são aqueles que não têm nenhuma rede social, mas que são bem atuantes em seus bairros. Às vezes, a gente percebe que nos grupos de ajuda no Facebook as pessoas se deslocam de muito longe para adotar um cachorro ou um gato, sendo que há animais próximos precisando de ajuda e um lar amoroso e respeitoso”, explica a empresária Simone Amorim.
Através da coleta de dados, os pesquisadores pretendem organizar uma rede de voluntariado para realizar castrações, feiras de adoção e outros tipos de apoio. Toda a população que atua como protetora dos animais é convidada a participar da pesquisa, preenchendo o formulário disponível neste link.
Os interessados em participar da pesquisa, podem entrar em contato através do WhatsApp: (24) 99332-7072.
“O plano de ação deve ser criado e executado em parceria com o poder público, já que essa é uma questão também de responsabilidade da prefeitura. Somente um protetor da cidade, que entrou em contato conosco, tem mais de 300 animais cadastrados e com a pesquisa estamos constatando que o trabalho de todos os protetores da cidade, durante todos esses anos, evitou um grande problema de superpopulação de animais abandonados nas ruas”, frisa Simone Amorim.
Com o propósito de fazer com que o levantamento dos dados seja preciso em relação ao número de animais precisando de ajuda em todo o município, as redes sociais se tornaram grandes aliadas. E, é claro, o Petrópolis em Cena abraça essa causa, para que a ficha de cadastramento chegue a mais pessoas.
“A internet e o WhatsApp facilitam muito o processo de coleta de dados. A Márcia Coelho, da Dogs Heaven, que é parceira nesse projeto, ajudou a divulgar e, só no primeiro dia, recebemos mais de 50 questionários preenchidos. Queremos ajudar a todos os animais que precisam, mas de forma muito especial todos os que vivenciaram a enchente, pois passaram por um trauma duplo: a sobrevivência aos desabamentos e também a separação de suas famílias. Infelizmente, num momento tão difícil, alguns donos de imóveis impediram a permanência deles. Egoísmo, ignorância e falta de empatia. O apoio dos veículos de comunicação se faz necessário para este projeto. Acreditamos que até o final de maio, a coleta já tenha sido substancial. Se tudo der certo, faremos a tabulação, análise e apresentação no mês de junho. Lembrando que essa pesquisa é voluntária, então depende do tempo disponível que temos”, finaliza.
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