Foto: Bruno Soares



As consequências das chuvas de fevereiro e março continuam impactando diretamente o turismo e o comércio em Petrópolis. Ambos, seguem em buscas de esforços para recuperar a economia local que já vinha fragilizada desde o início da pandemia.

 


Prova disso foi o alto número de demissões do setor de alojamento e alimentação no mês de março. Dados divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) revelam que foram 265 demissões frente a apenas 185 contratações - uma defasagem de 80 vagas.

 


Para Bianca Ghidini, diretora do Sindicato de Hospedagem e Alimentação de Petrópolis, quanto mais lenta for a recuperação de vias, como a Washington Luiz, mais devagar será o processo de recuperação econômica no Centro. “E vai virando uma bola de neve. As pessoas não se hospedam, não fazem compras, não consomem nos restaurantes, não vão aos pontos turísticos. Com o tempo, isso vai se refletindo em menos mão de obra contratada e mais demissões”, afirma.


Bianca acredita que é preciso um esforço conjunto e imediato de todas as esferas governamentais para que a cidade consiga se reerguer. “A gente estava conseguindo retomar depois de um momento crítico de pandemia, mas aí vieram as chuvas e parece que demos uns 50 passos para trás. Agora o que precisamos é de acesso, ruas limpas. O turista chega aqui e vê as ruas quebradas e vai ficar como? Com medo! Sabemos que o turismo é um dos motores da economia de Petrópolis então precisamos de respostas urgentes e práticas para que a população e o visitante se sintam seguros aqui novamente”, afirma.


Outro setor prejudicado pelas chuvas é o comércio, que enfrentou prejuízos com perdas materiais e agora sente com a diminuição do fluxo de pessoas que vem para a cidade. O Sindicato do Comércio Varejista de Petrópolis (Sicomércio) chegou a apresentar a diferentes esferas do poder público uma série de medidas que precisam ser tomadas a curto, médio e longo prazo para ajudar a levantar os setores.


Entre elas estão a recomposição de calçadas, muretas e guarda-corpos de postes; contenção das margens e desassoreamento dos rios, maior agilidade para isenção de IPTU para áreas impactadas, a elaboração de um mapeamento de áreas de riscos, plano de prevenção a enchentes, ligação Bingen-Quitandinha e intervenções necessárias no Túnel Extravasor.


Para o Sicomércio, também é preciso fortalecer a Marca Petrópolis, com compromisso com o calendário turístico e realização de eventos que ajudam a trazer o turista para a cidade e, consequentemente, melhoram toda a cadeia produtiva. “A ideia é justamente reconstruir o presente, acreditando em um novo futuro para a cidade”, conclui Marcelo Fiorini, presidente do Sicomércio.

 

 

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