O salão nobre do Hospital Santa Teresa, em Petrópolis, recebeu o primeiro curso gratuito de capacitação para determinação de morte encefálica. Voltado para médicos que atuam em unidades de saúde com leitos de ventilação mecânica, o evento teve como objetivo treinar os médicos para esse diagnóstico nas etapas de exame clínico, teste apneia e compreensão dos aspectos gerais.
O responsável técnico pelo curso, Sandro Montezano, explicou que o treinamento
foi estruturado em modelos já realizados pela Associação Brasileira de Terapia
Intensiva e que o curso ainda prevê acompanhamento remoto dos alunos por 3
meses. Visando, dessa maneira, proporcionar a solução de problemas de casos
reais de pacientes de morte encefálica.
¨A partir da realização do curso percebe-se a maior sensibilidade do médico ao
tema e a segurança na realização dos passos de execução do protocolo.
Observamos a condução mais rápida e segura dos médicos que foram capacitados em
edições anteriores do curso. Recebemos vários feedbacks positivos relatando
sucesso na condução desse diagnóstico¨, contou o médico.
Para o coordenador da Comissão Intra-hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos
para Transplante (CIHDOTT), Carlos Carneiro, que também é coordenador de
Enfermagem do Hospital Santa Teresa, a parceria com o Programa Estadual de
Transplantes (PET) visa melhorar os índices de doações na região serrana: “O
Hospital Santa Teresa é a referência de captação de órgãos na região, mas
sabemos da importância de estimular que outras instituições também formem suas
próprias comissões. Para nós, é uma honra poder sediar este curso e auxiliar no
estímulo à detecção precoce dos casos de morte encefálica para que tenhamos um
aumento no número de notificações e, consequentemente, aumento nas
possibilidades de doações”.
Para os alunos do curso, a experiência foi única e proporcionou mais segurança
e novos aprendizados aos presentes. A nefrologista Sofia Simas contou como
participar do evento vai ajudar em sua rotina:
“O curso do PET é importante para mim porque trabalho em um hospital que se
dedica ativamente ao transplante de rim. Além disso, também trabalho no CTI do
Hospital Alcides Carneiro, é preciso estar capacitada a fazer diagnóstico de
morte encefálica dos pacientes que, eventualmente, venham a aparecer dentro da
UTI”, relatou Sofia.
Os participantes para receberem a certificação passaram por duas avaliações
para mensuração do conhecimento adquirido durante as aulas. Este fator, também
foi associado aos que tiveram 100% de frequência nas aulas.
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