Dr. J. Samuel Kierszenbaum |
A Poliomielite é uma doença infectocontagiosa transmitida por um vírus que, entre outros transtornos, pode causar paralisia infantil. A doença está erradicada no Brasil, mas a falta de adesão a vacina preocupa autoridades e especialistas, que temem que ela volte a ser uma realidade no nosso país.
"A Poliomielite atinge principalmente o sistema nervoso, trazendo vários transtornos. Por não atingirmos o percentual de vacinação, algumas doenças como essa, que estavam totalmente erradicadas, estão retornando. A imunização é importante para que você crie anticorpos e não contraia a doença e, ao mesmo tempo, você estará direta e indiretamente prevenindo a população. A vacinação é extremamente importante, seja ela da forma que for!" explica o Dr. J. Samuel Kierszenbaum, Infectologista Pediátrico da Unimed Petrópolis e Professor do Serviço de Doenças Infecciosas e Parasitárias da Faculdade de Medicina de Petrópolis.
No caso da Poliomielite a vacina se apresenta de duas formas. A primeira, injetável, que é composta pelo vírus inativado, deve ser dada no segundo, quarto e sexto mês de vida da criança. Depois, o reforço deve ser aplicado entre 15 e 18 meses através de gotinhas (que são compostas pelo vírus enfraquecido) através de via oral e novamente entre 1 a 4 anos de idade, totalizando 5 dosagens.
O J. Samuel Kierzenbaum faz um apelo para que pais e responsáveis vacinem as crianças contra a poliomielite e que os profissionais de saúde estimulem a vacinação.
"Mesmo o Brasil sendo um país continental, a Vigilância Sanitária e Epidemiológica do nosso país é ótima, independente das circunstâncias, e precisamos que todas as pessoas, sobretudo as da área da saúde como médicos, enfermeiros, nutricionistas e assistentes sociais, estimulem a vacinação. Isso é fundamental! A vacinação não tem teor político! Devemos fazer a política da saúde para que as doenças não retornem. Algumas estão retornando porque as pessoas precisam se atentar a combinação de vacinação e prevenção. Nosso objetivo é chegar a 95% do público vacinado e só será possível se as pessoas tiverem vontade de se vacinar!" finaliza ele.
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