Dra. Caroline Cardoso / Foto: Divulgação |
Com a chegada do verão, surge também a necessidade de reforçar os cuidados com a pele a fim de evitar doenças. Por isso, desde 2014, a Sociedade Brasileira de Dermatologia criou a campanha do Dezembro Laranja para alertar sobre o câncer de pele e os riscos da exposição excessiva ao sol.
Diferente do que muitos pensam, o câncer de pele não está somente relacionado
ao verão. Na estação, os cuidados devem ser redobrados por uma exposição solar
maior. Contudo, em um país como o Brasil, onde as altas temperaturas são
constantes, a prevenção deve ser feita o ano todo.
A médica dermatologista do Hospital Santa Teresa, em Petrópolis, Caroline Cardoso, explicou
que os primeiros sintomas podem começar com uma pinta, que depois de algum
tempo pode vir a crescer, sangrar ou coçar. Além disso, a enfermidade também
pode se manifestar na forma de uma ferida que não cicatriza. Caroline também
falou um pouco sobre como alguns gestos simples podem evitar a doença: “Deve-se
evitar a exposição solar entre às 10h e 16h, usando protetor solar e barreiras
físicas, como chapéus, bonés e roupas. Além disso, é muito importante evitar as
queimaduras solares, principalmente durante a infância e adolescência e não
utilizar as cabines de bronzeamento, que inclusive são proibidas no nosso
país”, recomendou.
Existem diferentes tipos de câncer de pele. Os mais comuns são: o carcinoma
basocelular e o carcinoma espinocelular. O basocelular é o tipo de câncer mais
comum e, também, o menos agressivo. Neste, as células se multiplicam de forma
desordenada, dando origem ao tumor. Já o espinocelular atinge as camadas mais
superficiais da epiderme e, em geral, áreas do corpo expostas ao sol, como
rosto, orelhas, pescoço, lábios e dorso das mãos.
O câncer de pele pode ser hereditário, principalmente o melanoma. A
dermatologista alerta que a doença pode aparecer em qualquer idade e em pessoas
de ambos os sexos. Contudo, algumas pessoas têm características genéticas que
aumentam o risco do câncer de pele. “Pessoas de pele, cabelos e olhos claros
que ficam vermelhas quando expostas ao sol, correm mais risco. Todos devem ter
cuidados, mas estas, em específico, devem redobrá-lo”, explicou a médica.
Sobre a detecção e tratamentos para a enfermidade, a dermatologista explica que
em caso de dúvida sobre alterações nas pintas, é importante buscar um
dermatologista de imediato. Pois, quanto mais rápida for diagnosticada a
doença, menos agressivo ao organismo é o tratamento.
“Para o diagnóstico inicial, devemos realizar uma biópsia. Dependendo do tipo
de câncer da pele e gravidade da lesão, fazemos cirurgia ou tratamentos
sistêmicos”, completou a dermatologista, ressaltando que uma simples queimadura
pode evoluir e se tornar um câncer, principalmente se a lesão se tornar uma
úlcera crônica e demorar para cicatrizar. Além disso, ela relembra que as
crianças e adolescentes que tiveram queimaduras solares, tem maior risco de
desenvolver câncer da pele na idade adulta.
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