As equipes que compuseram o Projeto Rede Vigiar-SUS para o Enfrentamento de Desastres, entregaram, na tarde desta terça-feira (10), o relatório que servirá de base para o desenvolvimento de um plano de prevenção de doenças e promoção da saúde para as áreas atingidas pelas tragédias de fevereiro e março do ano passado. O estudo, realizado por meio de uma parceria entre a Prefeitura e Fórum Itaboraí - programa da presidência da Fiocruz em Petrópolis, aconteceu entre os meses de agosto e novembro de 2022.

 

O trabalho contou com a atuação de 16 profissionais contratados pela Fundação para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico em Saúde (Fiotec), que tiveram o assessoramento técnico do Fórum Itaboraí. Entre eles, psiquiatras, enfermeiros, técnicos de enfermagem, assistentes sociais e psicólogos. Essa equipe, junto a profissionais da Secretaria de Saúde e do próprio Fórum Itaboraí, atuou no Alto da Serra e adjacências, como Vila Felipe e Chácara Flora; Sargento Boening, Floresta, Caxambu, Lusitano, Siméria, São Sebastião e 24 de Maio.

 

“Além de conhecer as percepções e proposições da população, incluindo pontos de vista sociais, ambientais, econômicos, governamentais e privados, a intenção desse trabalho era a de traçar estratégias de prevenção e de enfrentamento a desastres, ou seja, elaborar um documento completo, com propostas de prevenção e mitigação de riscos não só relacionados a Saúde, mas de uma forma mais abrangente”, explica o prefeito Rubens Bomtempo.

 

“A Fiocruz tem sido importante aliada, principalmente nos momentos de crise que a cidade viveu com as tragédias. Essas equipes volantes garantem a ampliação da capacidade de resposta e acolhimento da população, principalmente das pessoas que foram acometidas pelas chuvas. A intenção é direcionar esforços de vigilância em saúde, organização, proteção, resposta e reconstrução, no âmbito da saúde, dos territórios afetados. A parceria com a Fiocruz garante a ampliação da cobertura de atendimento na atenção primária e, principalmente, na questão de saúde mental”, disse o secretário de Saúde, Marcus Curvelo.

 

"Seguramente as constatações feitas pelos grupo das equipes volantes são do conhecimento da maioria das autoridades da Prefeitura. O importante aqui é que elas representam a percepção dos moradores e os problemas e as intervenções que as comunidades atingidas consideram prioritárias. Sem dúvida o relatório apresentado facilitará a elaboração de um plano intersetorial de intervenções locais para a prevenção de emergências climáticas e dos seus principais impactos sobre a saúde dos potencialmente atingidos", frisou Felix Rosenberg, diretor do Fórum Itaboraí.

 

Os profissionais do projeto Rede Vigiar - SUS tiveram a missão de fazer um reconhecimento junto às comunidades para entender onde estão as famílias atingidas pelas tragédias, o que elas passaram e quais são os vínculos delas com o território, além de buscar informações sobre rotas de fuga em casos de desastres. O objetivo é a promoção da saúde a partir da perspectiva territorial e do olhar das pessoas que vivem nessas regiões e que sinalizam as vulnerabilidades e potencialidades.

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