Dr. Igor Fonseca |
PETRÓPOLIS. A epilepsia é uma alteração temporária e reversível do cérebro. Ela
se expressa por meio das chamadas crises epilépticas. De acordo com a
Organização Mundial de Saúde, a condição neurológica afeta cerca de 1 a 2% da
população mundial. O que muitos não sabem é que alguns fatores externos podem
ajudar a desencadear a doença, um deles é a exposição excessiva aos jogos
eletrônicos.
“Cerca de 25% das crises convulsivas são fotossensíveis, o que significa que
efeitos de luzes que mudam em curto período, similares aos encontrados em
séries e videogames, podem ser desencadeadoras. Entretanto, por lei, todo
programa que leve a este risco deve conter um aviso no início”, contou o médico
neurologista do Hospital Santa Teresa, Dr. Igor Fonseca.
Tida como uma das doenças mais antigas do mundo, ela é causada por uma ativação
inadvertida do córtex cerebral levando às crises convulsivas. Sua origem tem
muitas teorias, incluindo fatores genéticos, secundários a algumas doenças
cerebrais ou mesmo idiopáticas. Outros fatores que podem ser desencadeantes das crises são: o
jejum, a falta de sono, estresse e infecções (como gripe, resfriado, infecção
urinária).
Visando trazer mais informação à população, o neurologista, também falou sobre
as principais causas e sintomas da doença. “A epilepsia pode ocorrer em
qualquer idade, por isso é importante que seus primeiros sinais sejam de
conhecimento da população. Os sintomas mais comuns da epilepsia são movimentos
involuntários, sendo o mais comum a Crise Tônico-Clônica Generalizada, onde o
paciente perde os sentidos e apresenta rigidez pelo corpo todo, seguido por
movimentos onde parece debater-se. Entretanto, qualquer movimento involuntário,
com ou sem perda de consciência, é motivo para buscar um especialista”,
explicou o médico.
Mesmo que a pessoa não sofra com a doença, é de extrema importância que ela
saiba como proceder no caso de outro apresentar crises convulsivas ao seu
redor. Afinal, o conhecimento pode ajudar a salvar vidas. “Deve-se virar a
pessoa de lado, para que sua própria saliva não a sufoque e contar o início das
crises. Caso a crise convulsiva dure mais de 5 minutos, o indicado é chamar uma
ambulância para que o paciente seja avaliado por equipe médica especializada”,
instruiu Fonseca.
Por fim, o neurologista ressalta que uma alimentação balanceada é a chave para
o tratamento de doenças crônicas. Uma dieta cetogênica também pode ser aliada,
devendo ser conversada e combinada com o seu médico neurologista.
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