Dia 1º de abril no Teatro Santa Cecília 


PETRÓPOLIS. Depois de duas temporadas de sucesso de público e crítica no Rio de Janeiro, o espetáculo Órfãos fará uma turnê por sete cidades do Estado do Rio. Com extensa carreira internacional, Órfãos (1983) deu projeção ao roteirista e ator norte-americano Lyle Kessler como dramaturgo e lhe rendeu comparações a Tennessee Williams pela crítica especializada. A idealização e coordenação artística do projeto é do ator, roteirista e produtor Lucas Drummond, que está em cena ao lado de Ernani Moraes e Rafael Queiroz. A peça “Órfãos” terá única apresentação em Petrópolis, no dia 1º de abril, às 20h, no Teatro Santa Cecília. Além de Petrópolis, a turnê patrocinada pela Enel Distribuição Rio contempla as cidades de Angra dos Reis, Nova Iguaçu, Niterói, Maricá, São Gonçalo e Teresópolis.


“Me apaixonei por essa peça desde que a li pela primeira vez, em 2018. É uma história linda sobre a luta do homem pela sobrevivência e, principalmente, sobre o amor, que às vezes é bruto, tóxico”, resume Lucas Drummond. “Meu personagem (Phillip) é criado pelo irmão mais velho, Treat (Rafael Queiroz), que bate carteira na rua para pôr o pão na mesa. Os dois só têm um ao outro. E por acreditar que tem uma alergia terrível à maioria das coisas, Phillip não sai de casa há anos. Então, toda a sua visão de mundo é baseada no que ele vê pela janela, pela TV e pelo que o irmão conta para ele. É um personagem extremamente sensível, poético e que tem uma imaginação incrível. Ele cria um mundo repleto de fantasia, que permite que ele viva, dentro de casa, um pouquinho dessa liberdade com a qual tanto sonha. Isso é o que mais me encanta nele”, revela.


Lucas convidou Fernando Philbert para dirigir a peça, realizando um antigo desejo de trabalhar com o diretor. “Órfãos tem a natureza de uma fábula: dois meninos que vivem num lugar abandonado em uma grande cidade e, de repente, chega uma figura (Harold, Ernani Moraes) que vai ajudar, tentar dar um caminho e melhorar a vida dos dois, abrir horizontes. É o velho arquétipo do pai perdido, de alguém que surge para nos tirar de um lugar escuro”, analisa Fernando.


Para construir a encenação, carregada de uma tensão crescente que permeia a relação entre os três personagens, o diretor procurou imprimir o maior grau de verdade possível, especialmente em torno da crença de cada personagem em suas fantasias: “Eles precisam viver a crença naquilo que fantasiam, mais do que sonhar, é viver o sonho. Construir esses personagens está ligado a construir uma verdade, ainda que essa verdade seja sobre palavras e textos que pareçam estranhas, que não pareçam reais. Mas é muito importante que a verdade esteja presente ali, é isso que estabelece todo o jogo entre eles”, enfatiza Philbert.

 

Sinopse:

Dois irmãos órfãos sequestram um misterioso homem de negócios, que acaba virando o jogo e se tornando, de uma forma comovente e ao mesmo tempo hilária, a figura paterna com a qual os dois sempre sonharam.


Serviço:

Órfãos

Dia 1º de abril (sábado), às 20h

Local: Teatro Santa Cecília (Rua Marechal Deodoro, 192)

Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia)

Duração: 90 min.

Classificação indicativa: 14 anos



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