PETRÓPOLIS. Alguns motivos
levam pacientes a buscarem as urgências e emergências dos hospitais. Mas como
saber qual é o grau de urgência de cada um para que a ordem dos atendimentos
seja a mais eficiente? Esse é o papel da triagem, um sistema implantado nas
unidades que buscam excelência, como é o caso do Hospital SMH – Beneficência
Portuguesa de Petrópolis.
A triagem classificatória de
risco consiste na avaliação do paciente e das queixas apresentadas para que
seja feita a organização da “fila” de atendimento. O médico cardiologista, Luís
Henrique Sá, responsável pela Urgência do Hospital SMH, explica que se trata de
um filtro.
“Um dos objetivos é não deixar
que pacientes graves percam tempo na espera. É um protocolo adotado em grandes
redes já identificado como sendo a melhor forma de atuação nas urgências.
Permite oferecer atendimento de melhor qualidade, tanto para quem está
trabalhando quanto para quem vai ser atendido”, destaca o especialista.
O procedimento é feito pelo
setor de enfermagem e a classificação é dividida em três cores: verde, amarela
e vermelha. Para distribuir os pacientes entre elas, o profissional avalia as
queixas apresentadas, a complexidade do quadro de saúde ou da doença, além do
grau de sofrimento. A idade e a pré-existência de necessidades especiais também
são fatores considerados na avaliação.
Luís Henrique explica que a
cor verde na Classificação de Risco indica que a possibilidade de danos graves
à saúde é baixa. A cor amarela já sinaliza uma iminência de gravidade, enquanto
a vermelha aponta a necessidade de atendimento imediato. O médico cita um caso
ocorrido nos últimos meses em que a precisão da intervenção, possibilitada pela
triagem, foi decisiva para impedir que o quadro evoluísse para algo bem mais
grave.
“O relato do paciente aliado
ao exame físico feito pelo enfermeiro nos fez concluir que o caso era de uma
intervenção urgente. Fizemos uma trombólise, procedimento para dissolver um
coágulo na artéria que poderia ter levado a um acidente vascular ou até à
morte”, lembra o médico.
O especialista explica ainda
como essa metodologia tem reflexo direto no diagnóstico e, consequentemente, na
adoção do tratamento correto em tempo hábil para evitar consequências mais
sérias.
“Tivemos seis protocolos
atualizados. De AVC, dor torácica, insuficiência cardíaca, síncope, sepse e
taquearritmias. Na triagem, já identificamos o paciente que tem algum sinal
vital alterado e que o indica como ‘vermelho’ ou ‘amarelo’. Esse reconhecimento
rápido é o que faz a diferença. São os protocolos ligados à triagem”, pontua
Luís Henrique.
Segundo o diretor geral do
Hospital SMH Beneficência Portuguesa de Petrópolis e neurocirurgião, Valter
José Sillero, o protocolo gera um atendimento mais eficiente e humanizado. O
diretor executivo operacional, Fernando Baena, acrescenta que a triagem amplia
a resolutividade do serviço.
“A incorporação dos critérios
de avaliação de riscos à Urgência leva a um caminho de redução do número de
mortes que podem ser evitadas, além de sequelas e internações, como é o nosso
objetivo. Sempre iremos avançar nessa direção”, afirma Baena.
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