Karyna Gomes / Foto: Divulgação |
PETRÓPOLIS. O Centro
Cultural Sesc Quitandinha, em Petrópolis, dentro da programação cultural
gratuita que acompanha “Um oceano para lavar as mãos”, exposição
inaugural da instituição, tem o prazer de convidar para o show “Karyna
Gomes – África, América Latina e Europa”, no dia 8 de julho de 2023,
às 18h.
A cantora, compositora e
percussionista Karyna Gomes, nascida em Bissau em 1976, e hoje morando em
Torres Vedras, ao norte de Lisboa, vai mostrar músicas de seus dois álbuns – “Mindjer”
(2014) e “N'Na” (2021) –, em crioulo guineense, idioma derivado do português,
acompanhada por uma banda criada especificamente para este espetáculo, formada
majoritariamente por mulheres.
Karyna Gomes, filha de pai
guineense e mãe cabo-verdiana, foi para São Paulo em 1996, cursou jornalismo
pela PUC, e integrou o grupo gospel Rejoicing Mass. Já
formada, voltou a Bissau em 2001, onde trabalhou em vários veículos
de comunicação. Foi então convidada por Adriano Ferreira (Atchutchi) a integrar
o histórico e revolucionário grupo Super Mama Djombo. Em 2011, foi morar em
Lisboa, e sua música reflete a vivência em três continentes – África,
América Latina e Europa.
Com excelentes críticas em Portugal
e no universo da World Music, Karyna Gomes foi contratada em 2020
pela gravadora Kavi Music, e contemplada pelo Ibermusicas 2023,
programa de cooperação internacional multilateral dedicado exclusivamente à
música, que promove a presença e o conhecimento da diversidade musical
ibero-americana, estimula a formação de novos públicos na região e expande o
mercado de trabalho para os profissionais do setor.
Karyna Gomes é também
percussionista e toca a tina, uma cabaça, instrumento típico criado por mulheres
mestiças da Guiné-Bissau há cerca de 200 anos.
“Voltar para o Brasil como
cantora, depois de dois álbuns lançados e dezenas de concertos realizados um
pouco por todo o mundo, faz-me viajar por todo o meu trajeto musical até aqui e
criar um repertório que conta esta história. Não podia apenas trazer um disco
novo que está em tour há dois anos. Ao público desta terra que tanto significa
para mim espiritualmente e musicalmente, terei de trazer a sonoridade que fui
construindo ao longo destes anos”, diz.
A direção musical do
espetáculo é de Guilherme Kastrup, e os músicos são Bia Lima (baixo), Tâmiris
Silveira (teclado) e Rafa Barreto (guitarra). “Sou uma cantora
urbana, mas que também tem uma raiz tradicional, como quase todos os músicos
africanos. A minha música é isso mesmo, a minha música da Guiné. Nossa pátria é
nossa língua ou nossas línguas. No meu caso, tenho várias pátrias porque também
estreei a cantar na língua lusa, tanto quanto o crioulo. Os rótulos nos limitam
e ponto. Somos uma legião de artistas pop da Guiné-Bissau, e vamos gradualmente
ganhando espaço no universo lusófono e mundial”, diz Karyna Gomes.
No show, Karyna Gomes vai
cantar composições suas, como “Mindjer di Balur”, “Sinal di Mindjer”, “Baluris
Torkiadu”, “Gumbe Sperança”, “Gustu di Mel”, “N’Na”, “Speransa” (parceria
com Ariel e Maninho) – e as canções “Mindjer i Mamé”,
de Norberto de Carvalho, “Amor Livre” e “Udjus di Mundo”,
de Zé Manel Fortes.
Leia também:
Espetáculo teatral “Raízes” terá única apresentação em Petrópolis
“As Canções que você dançou pra mim” terá curta temporada no Teatro Santa Cecília
Petrópolis: obras no Museu Casa de Santos Dumont avançam
Postar um comentário
Gostou da matéria? Deixe seu comentário ou sugestão.